Ultima atualização 11 de outubro

Geração Y e foco na educação aquecem mercado de previdência privada

O mercado de previdência privada está aquecido. Segundo pesquisas divulgadas este mês por algumas companhias do mercado de seguros, a procura por produtos deste segmento aumentou. Não só por parte de familiares que querem garantir o futuro das crianças, mas também por jovens com idade entre 20 e 33 anos. Esse é o caso de um estudo realizado pela Seguros Unimed. Segundo o levantamento, essa faixa de investidores já representa 5% do faturamento total da companhia, um percentual cerca de 65% maior do que o registrado em 2008.
Estudos recentes de mercado também apontam o interesse dos jovens pelo investimento: 20% dos investidores dessa faixa etária, a chamada geração Y, já possuem esse tipo de aplicação financeira. Além disso, embora sejam ousados em diversas atitudes que adotam na vida profissional e pessoal, quando se trata de investimento, os jovens são conservadores, optando por colocar a maior parte dos seus recursos na poupança (82,1%), aponta a pesquisa da Unimed.
Entende-se como geração Y os “nativos digitais”, ou seja, aqueles que cresceram na era da internet. Na Seguros Unimed, essa faixa da população representa cerca de 15,8% dos clientes da Previdência Complementar. Já os nascidos entre 1966 e 77, de 34 a 45 anos, integrantes da geração X, somam quase 26% dos que tem Previdência Complementar, a mesma média apontada na pesquisa citada.
“Esse comportamento da geração Y encontra perfeita sintonia com a necessidade estratégica do país de aumentar a cultura da sociedade em reconhecer a poupança interna promovida pelo acúmulo da previdência privada”, avalia Alexandre Ruschi, diretor-técnico da Seguros Unimed.
O atual momento de incerteza na economia mundial reforça o comportamento dos investidores que buscam aplicações financeiras mais conservadoras, incluindo a geração Y. Adicionalmente a esse panorama, os jovens percebem os seguros de vida e de previdência complementar aberta como importante elo na cadeia dos mecanismos de proteção contra perdas do poder aquisitivo na aposentadoria.
No Brasil, há algumas décadas, esse risco era inexpressivo, tendo em vista a grande participação dos jovens no conjunto da população, com contribuições que financiavam as aposentadorias e pensões dos idosos.
Hoje, a realidade é diferente: a população brasileira com mais de 65 anos, que se mantivera em torno dos 3% do total até 1970, pode alcançar os 13% em 2020, níveis de União Europeia em 2050.

Educação
A demanda de planos de previdência privada para crianças também é crescente. “Temos observado uma demanda cada vez mais crescente dos pais buscando proteção financeira para a educação de seus filhos”, ressalta a diretora técnica de seguros de Pessoas e Previdência da SulAmérica, Carolina de Molla.
Alguns números reforçam esta afirmação. De janeiro a julho deste ano as contribuições em planos para menores na SulAmérica cresceram 58% em comparação ao mesmo período de 2010 e as reservas registraram um aumento de 91% em julho deste ano, comparado ao mesmo mês de 2010.
Além disso, uma pesquisa realizada pela seguradora mostra que a saúde e a educação estão no topo da lista de preocupações que os pais têm em relação aos menores, com 36% das citações cada. Atrás de educação e saúde, os maiores anseios dos pais são em relação a segurança, com 17% das respostas, alimentação, 3%, bem-estar, 3%, estabilidade profissional, 3%, moradia, 2% e drogas, 1%.
A Brasilprev também comprovou que o aumento do interesse dos pais em adquirir planos de previdência privada para apoiar a educação dos filhos. Segundo um levantamento realizado em julho pela companhia a partir da sua base de clientes, o valor médio dos aportes mensais dos planos PGBL e VGBL destinados a crianças e adolescentes evoluiu 9%: eram de R$ 100,00 e passaram a R$ 109,00. O gerente de Inteligência de Mercado da companhia, Sandro Bonfim, informa que a maior parte dos responsáveis financeiros é formada por pais (89%), seguido por avós (7%), tios (2%) e padrinhos (1%). Com relação à idade dos titulares, a maior parte possui entre 7 e 14 anos (42%), seguido por menores de 6 anos (31%) e 15 a 19 anos (18%).
O plano é adquirido pela motivação de contribuir para projetos de vida da criança, sendo que o principal é a educação. Isso está em consonância com as expectativas dos jovens brasileiros reveladas no recente estudo “A Nova Classe Média”, realizado pela Data Popular, que indicou que entre os principais sonhos dos jovens das classes C e D, a educação é o que mais se destaca – respectivamente 29% e 30% desses estratos a vê como o item mais importante, seguido por trabalho (19% e 17%) e moradia (13% e 16%).
“As expectativas em relação ao produto Brasilprev Júnior estão concentradas no uso do benefício entre 20 e 30 anos de idade. Muitos pais também trazem um histórico de batalhas e sacrifícios financeiros e esperam que a previdência ajude seus filhos a terem uma vida com menos dificuldades”, afirma.
Ainda de acordo com Bonfim, dentre esses planos, 63% são VGBL e 56% optaram pela Tabela Regressiva do Imposto de Renda. “O que mostra a consciência de investimento de longo prazo e a intenção do cliente em manter o plano por muitos anos. Os planos Brasilprev Junior chegam a representam 42% dos planos PGBL e VGBL da Brasilprev, sendo que em algumas regiões do país esse percentual é ainda maior: 49% na Região Norte, 45% no Nordeste e 44% no Centro-Oeste”, completa.

Jamille Niero
Revista Apólice

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