O cuidado com os dentes chegou de vez ao planejamento orçamentário dos brasileiros. Planos de saúde exclusivamente odontológicos ampliaram em 3,7% o número de beneficiários até o terceiro trimestre do ano passado, totalizando 13,8 milhões de pessoas. O índice é superior aos 2,3% de alta dos convênios médios.
A contratação de planos coletivos empresariais alavancou o crescimento, chegando a 6,7%. “A maioria dos beneficiários tem contratos corporativos, cujo valor muitas vezes não ultrapassa 10% do custo de um plano médico convencional. Em geral são planos básicos e baratos, sem ônus para o usuário e para a empresa que oferece estes convênios”, diz o advogado Dagoberto J. S. Lima, especialista em saúde suplementar.
Exemplo desse aquecimento do segmento é a OdontoPrev, que obteve um crescimento de 19,2% em número de beneficiários, atingindo aproximadamente 5 milhões de brasileiros em 2010. A receita líquida chegou a R$ 186,8 milhões no quarto trimestre do ano, alta de 84,6% na comparação com o mesmo período de 2009.
“A vantagem de manter o orçamento familiar mais organizado com um gasto fixo mensal ajuda a explicar o crescimento”, complementa Lima. O advogado lembra que, enquanto cerca de 30% da população é coberta por planos médicos, menos de 10% têm planos odontológicos. “Para cada 1.500 operadoras médicas, há metade de grupos especializados em odontologia. O mercado tem fôlego para expandir ainda mais”, acredita.
J.N.
Revista Apólice