Os paraguaios que viajaram 26 horas para apoiar a equipe de seu país no Mundial de Futevôlei 4×4 SulAmérica fizeram a festa em Ipanema. Com uma vitória por 2 sets a 0 (duplo 25×20) sobre o Brasil 2, comandado por Romário, Romerito e seus companheiros se consagraram campeões e levaram para Assunção o título do Mundial de Futevôlei 4×4 SulAmérica. Na decisão do terceiro lugar, o Brasil 1 derrotou a Itália por 25 x 14. O paraguaio Quicho foi eleito o MVP, Marcelinho ficou com o prêmio de revelação do campeonato e Anderson foi o jogador que mais pontuou.
?É muito gostoso voltar a ser campeão no Rio. Já estávamos esperando por isso. Sabia que, se passássemos pela Itália, seríamos campeões. O time ganhou confiança e soube mostrar seu jogo contra o Brasil. Apesar de não entrar em quadra, o meu trabalho psicológico foi decisivo. Os garotos estão de parabéns, eles jogaram muito”, disse Romerito ao fim do jogo.
Na primeira semifinal do dia, o Paraguai não teve dificuldade para bater a Itália por 25×21. Apesar de um início bem disputado, a superioridade paraguaia prevaleceu. O time de Romerito, que teve como destaque o jogador Jesus, mostrou grande entrosamento. Romerito não entrou em campo, mas vibrou a cada jogada no banco.
O jogo mais esperado do torneio não decepcionou a plateia que lotou a arquibancada para ver os seus ídolos Renato Gaúcho e Romário. Os brasileiros protagonizaram belos ralis, com jogadas de efeito como “shark attack”, bloqueios com os pés e bicicletas, fazendo o público vibrar com a arte e a técnica brasileira. O lance mais bonito da partida foi um bloqueio de Papel sobre Anderson. No final, Brasil 2 saiu vitorioso. Romário e “seus peixes” carimbaram o passaporte para a final.
A final surpreendeu os brasileiros. Apesar do favoritismo da equipe de Romário, o Paraguai mostrou que sabe jogar taticamente e entrou no jogo para vencer. A equipe de Romerito, que assistiu toda a partida do banco, esteve bem em quadra e fazia dos contra-ataques sua melhor defesa. Os brasileiros perderam para os erros, perdendo bolas fáceis, desperdiçando contra-ataques e com erros grosseiros na defesa, a equipe não teve chance de reação. Do outro lado, o Paraguai, que chegou para o campeonato como azarão, levava a melhor. Embora a equipe paraguaia não tivesse o brilhantismo brasileiro, comportou-se como um time de verdade.
J.N.
Revista Apólice
Foto: Romário com o presidente da SulÁmerica, Thomaz Cabral de Menezes
