Ultima atualização 05 de abril

Consultores devem investir em pequenos negócios

As pequenas e médias empresas são o grande filão para os corretores alavancarem seus resultados e abandonarem os famosos “rouba-montes”, ou seja, as grandes contas. Essa é a visão do diretor Comercial Executivo da MetLife, Márcio Magnaboschi, que palestrou nesta terça-feira, 05 de abril, aos associados do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo. Segundo o executivo, há oportunidades não só na comercialização de seguros individuais, mas também empresariais. Porém, se os corretores não quiserem continuar perdendo terreno para os gerentes de bancos, principalmente no ramo Vida, terão de se especializar e se profissionalizar mais. “Nosso desafio é aumentar o consumo de seguros entre o público de pequenas e médias empresas”, ressaltou Magnaboschi.
Segundo ele, os ramos com mais oportunidades entre as PMES são o de serviços e comércio, que representam cerca de 50% e 22% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de São Paulo, respectivamente. “Outro setor que está crescendo bastante é o da construção civil. Juntos, estes segmentos merecem a atenção dos corretores”, alertou o executivo.
Sobre o baixo desenvolvimento da carteira de vida individual, ele admitiu que as seguradoras não inovam seus produtos, enquanto os corretores não concentram esforços neste segmento. “As soluções oferecidas pelo setor têm apelos que não são interessantes. Nosso desafio é reformular a base do vida individual para aproveitar crescimento”, raciocinou Magnaboschi, que completou: “Esse é um dos projetos da MetLife para 2011: reformular produtos, seja em coberturas, capital segurado, remuneração etc”.
Em relação às atuais baixas taxas do seguro de vida, ele esclareceu que alguns novos entrantes no setor necessitam ganhar fatia e, por isso, apresentam condições melhores de preço e não de valor. Essa é uma tendência. “Cada vez estamos vendo pressões para baixar as taxas. Por isso, temos de desenvolver mercados novos. É preciso criar proposta de valor, ser bom e competitivo, desenvolvendo a carteira de PMES”, elencou Magnaboschi.
Apesar de admitir que o cenário do seguro de vida em grupo não é animador, reforçou a necessidade de seguradoras e corretores a apostarem nos pequenos negócios. Informou, inclusive, que a MetLife investirá em parcerias regionais para ajudar os consultores a desenvolver a carteira de PMEs.

Aline Bronzati
Revista Apólice

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