“Trata-se de estelionato eleitoral”. Foi com essas palavras que o presidente do Sindicato das Seguradoras do Norte e Nordeste (Sindiseg N/NE), o economista Mucio Novaes, classificou a possível volta da CPMF(Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira), trazida à tona pelo atual presidente Lula e Dilma Rousseff, durante a primeira entrevista coletiva conjunta que concederam, logo após a eleição da petista.
Novaes lembra que, durante a campanha eleitoral, em nenhum momento se discutiu a CPMF, mas que agora, logo após a eleição, Lula e Dilma devolveram o tema da volta da contribuição ao debate nacional, dizendo que receberam pressão dos governadores eleitos e que o assunto tinha de ser discutido. “Acontece que a própria presidente eleita, em seu discurso da vitória, declarou que cuidaria da economia com toda responsabilidade”, disse Novaes. “Ela disse ainda que ‘o povo brasileiro não aceita que governos gastem acima do que seja sustentável, por isso, faremos todos os esforços pela melhoria da qualidade do gasto público, pela simplificação e atenuação da tributação e pela qualificação dos serviços públicos’. Se isso não é estelionato eleitoral, o que é, então?”, questionou.
J.N.
Revista Apólice
