O diretor Técnico do Detran/RS, Ildo Mário Szinvelski, apresentou um relato sobre a instituição no Rio Grande do Sul, com destaque para o processo de reestruturação interno que começou em 2007. Segundo ele, as medidas saneadoras implementadas no órgão trouxeram uma série de benefícios à sociedade. Entre elas, a redução no número de veículos abandonados no depósito do Detran, que chegam a 62 mil, gerando um prejuízo de R$ 6 milhões aos cofres públicos. Atualmente, os veículos vão para trituração e são transformados em material ambientalmente correto, além de melhorar a paisagem urbana.
Ildo Mário também informou que não existe no Estado emissão de carteiras falsas de condutores de veículos, a partir de um trabalho rigoroso de controle das fraudes nos CFC. Para tanto, houve uma qualificação dos servidores, já que hoje todos os recursos humanos e corpo pedagógico do Detran possui curso superior.
Mas o que realmente preocupa a entidade é a ampliação galopante da frota no Estado, que hoje conta com quatro milhões e 650 mil veículos. Somente em Porto Alegre são 750 mil veículos novos em 2010, com uma média de 94 novos veículos por dia circulando na malha viária da cidade. Isso representa um crescimento de 4% no número de condutores de automóveis. O reflexo mostra o aumento no número de acidentes de trânsito, provocados na maioria das vezes por irresponsabilidade do condutor, sendo que em cada cinco acidentes se registram seis mortes ou feridos, pelas estatísticas. “Existe um nó no trânsito, gerado pelo conflito da falta de espaço, e para isso ainda não temos solução”, confessou.
O presidente do Sindseg-RS, Julio Cesar Rosa, questionou sobre quais as medidas adotadas pelo Detran para retirar das ruas os mal condutores, que tiveram suas carteiras suspensas. Ildo Mário informou que existem hoje 13.325 casos como esse, que já passaram por todos os processos legais e que devem entregar a CNH. O departamento já conseguiu aprovação do Ministério Público e do Cetran para publicação de um edital, dando 48 horas para que a entrega da carteira. Caso contrário, a CNH será cassada por dois anos.
O diretor do Detran disse ainda que de 2011 a 2020 o órgão estará promovendo uma intensa campanha, chamada de Década da Segurança, com foco na educação para o trânsito.
A.B.
Revista Apólice
