A empresa norte-americana WedLock inventou um novo tipo de seguro para compensar aqueles que passam por um incidente muito comum: o divórcio. Os clientes pagam a partir de US$ 16 por mês por uma cobertura mínima de US$ 1250. Para ter direito a resgatar o dinheiro, o casal tem que ter contribuído por pelo menos quatro. Se conseguir ficar esse período juntos, o casal ganha US$ 250 a mais por ano, o que quer dizer que, em dez anos, receberia US$ 27,5 mil ao se separar. Não é uma quantia que sirva de motivo para alguém se divorciar, mas talvez ajude a pagar algumas despesas – como os advogados, por exemplo.
John Logan teve a ideia de criar o seguro depois de ver sua própria riqueza escorrer pelo ralo no processo de divórcio. O empresário não revela quantos clientes já compraram a proteção, mas se diz surpreso de ver cônjuges pagando mensalidades de até US$ 1000. Logan, que está noivo de novo, já comprou um para ele e sua noiva, e acha que a invenção poderia passar a fazer parte dos arranjos antes do casamento, assim, quase como discutir o destino da lua-de-mel.
No Brasil a modalidade ainda não existe e, até por motivos culturais, dificilmente será instalada. De qualquer forma, a nova lei do divórcio que já está em vigor no país pode gerar uma mudança de mentalidade e fazer com que esta tendência passe a existir. Para o diretor-superintendente da Bergus Corretora de Seguros, Vladimir Sípoli, os casamentos no Brasil ainda não são analisados sob a ótica de um contrato e quem casa muitas vezes sequer discute o regime de partilha de bens, muito menos um caso de divórcio. “O casamento é como uma sociedade, com uma diferença básica que após uma crise o casal dificilmente se levanta porque opta pela separação ao invés de se unir, como fazem empresários quando estão em um cenário crítico com suas empresas”, diz o executivo, que também é formado em Psicologia.
J.N.
Revista Apólice
