O Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro realizou novo fórum na última quinta-feira, dia 5 de agosto. Em pauta, estiveram temas como as janelas de oportunidades que estão se abrindo para o mercado, o comportamento que o corretor deve adotar dentro dessa nova realidade do setor, a possível criação da seguradora estatal, entre outros. “A seguradora estatal ou Segurobras, com vem sendo chamada, é uma ideia sem pé nem cabeça. Não vejo razão alguma para o Governo, e muito menos o mercado de seguros, abraçar essa proposta”, afirmou o presidente do Clube, Amilcar Vianna.
O consultor Gustavo Doria Filho, diretor do site CQCS, esteve presente no evento como convidado especial. Ele enfatizou a necessidade de o corretor adotar uma nova postura. “No Brasil, temos cinco milhões de empresas e 30 milhões de residências sem a cobertura do seguro. A função do corretor é proteger o segurado. Então, ele deve agir nesse sentido”, analisou Doria.
Novas tecnologias
De acordo com o consultor, é fundamental para o corretor investir em novas tecnologias e nas redes de relacionamento. “É incrível, mas apenas 5% dos corretores brasileiros têm sites”, revelou Doria.
Na plateia, os sócios da Correcta Seguros, corretora que é adepta de novas tecnologias e ferramentas como blog e twitter, confirmaram os bons resultados que esse tipo de investimento pode proporcionar. “O nosso site é o segundo mais visitado do mercado. Isso dá muito visibilidade para a empresa e até jornalistas estão nos procurando com freqüência. Recentemente, concedi até entrevista para a Globonews”, contou o diretor da corretora, Gustavo Cunha Mello.
Seguradora estatal
Com relação à criação da estatal, foi unânime a opinião contrária à proposta. Alguns corretores presentes comentaram ainda que o mais provável é que o Governo dê um passo atrás e, em vez da seguradora, forme um pool de empresas semelhantes ao que cuida do seguro DPVAT ou crie uma espécie de agência para administrar os fundos voltados para garantir a execução das obras de infraestrutura.
Por fim, vários profissionais presentes elogiaram o movimento “Corrige Sincor”, liderado por Amilcar Vianna.Segundo ele, a forma como o movimento vem crescendo é também é uma prova de que a tecnologia pode ajudar muito nas ações que visam a defender interesses de determinada categoria.
?Até hoje o sindicato não teve a consideração de responder a nenhum dos 200 corretores que pediram para rever uma alteração estatutária inconsistente que parece só interessar a atual diretoria?, observou Vianna.
Ele “lamentou” o fato da diretoria não considerar a atitude como uma participação positiva. “O mais próximo de uma resposta que o sindicato deu foi um comunicado que insinuava que as cartas encaminhadas pelo Movimento não eram legítimas, quando todas elas foram assinadas e acompanhadas dos CPFs e telefones dos corretores que as assinaram”, garantiu Vianna.
J.N.
Revista Apólice
