Ultima atualização 11 de junho

Funcionários recebem atenção especial durante os jogos

Em ano de Copa do Mundo, não há torcida mais animada que a brasileira. Mas dessa vez, as partidas da primeira fase que a seleção disputará acontecerão algumas vezes em horários que a maioria da população está trabalhando. Para conciliar o expediente e os jogos que serão transmitidos, a solução encontrada pelas empresas do mercado de seguros foi desenvolver ações personalizadas para os colaboradores.
Um levantamento realizado pela Curriculum, site que administra currículos e media contatos entre candidatos e empresas através da internet, com 1.090 empresas, no intuito de saber como esses grupos se comportarão durante os jogos do Brasil no Mundial, mostrou que 33,7% deles dispensarão seus funcionários para assistir às partidas.
Das organizações que têm planos para liberar seus colaboradores, apenas 55,2% aproveitarão o momento para proporcionar uma confraternização com os funcionários.
“Fizemos esta pesquisa com o intuito de inspirar outras empresas sobre o assunto, pois esses dados podem servir como referência para aquelas que ainda não pensaram sobre o assunto”, comenta Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum.
Para os empresários, iniciativas desse tipo são importantes, pois é uma forma de demonstrar valorização e consideração com os colaboradores. Segundo a especialista em comportamento e situações no trabalho Simone Castillo, “quando acontece um evento festivo, a maioria das pessoas quer de alguma forma participar e aproveitar com seus amigos ou familiares”. Ela explica que “não levar esse fato em consideração é um grande erro porque gera frustração e revolta em muita gente”. Além disso, nos dias em que ocorrem os jogos é comprovado que a produção e a concentração no trabalho diminuem, o que aumenta o risco de erros ou acidentes.
Abrileri concorda. “É um evento mundial, e como o Brasil é o país do futebol, seria oportuno que as empresas utilizassem este momento como uma forma de integração. Em cima disso, é possível melhor o clima organizacional”, acrescenta o executivo.

Horário especial
Algumas seguradoras vão flexibilizar o horário do expediente durante as partidas. Os funcionários da SulAmérica, por exemplo, trabalharão das 8 às 14 horas, com 15 minutos de intervalo para o lanche, quando o jogo tiver início às 15h30. Se a partida começar às 11 horas, todos estarão liberados para almoço às 10h45, devendo retornar às 13h15. “Assim como todos os brasileiros, nossos funcionários são loucos por futebol e procuramos o melhor jeito de alinhar a vontade de acompanhar a seleção brasileira com as atividades da companhia”, comenta a vice-presidente de Relacionamento e Administração, Maria Helena de Monteiro.
Para a especialista Simone Castillo, o retorno dessas ações é positivo, mas é preciso levar em conta que essas horas que o funcionário não trabalhará precisam ser compensadas de alguma maneira, para não afetar a produção. “É importante lembrar que as empresas têm suas metas a ser cumpridas, portanto, essas horas sem atividade precisam ser absorvidas em outros horários”, analisa Simone.
Uma boa opção é utilizar o banco de horas. Essa foi a solução encontrada pela Tokio Marine, que também deixou a cargo dos gestores a opção de dispensar os funcionários para assistir as partidas programadas para acontecer à tarde, de acordo com a necessidade de cada setor. Já para os jogos que ocorrerão pela manhã, a seguradora disponibilizará uma TV e o data show do auditório para quem quiser acompanhar o desempenho da seleção na própria empresa. 

Ações personalizadas
Outra iniciativa que alegra o ambiente e deixa as empresas em clima de Copa do Mundo é a decoração do espaço de trabalho. No caso da Mapfre Seguros, este ano a ideia proposta foi a colocação de bandeirinhas do Brasil em todos os computadores. “A nossa intenção foi proporcionar uma atmosfera diferenciada ao colaborador, além de deixar o local mais festivo”, comenta Cleide Fonseca Rodrigues, diretora de Desenvolvimento de Recursos Humanos da seguradora.
Enquanto isso, os funcionários da Ponto Final Administradora e Corretora de Seguros além de contar com a decoração da empresa, receberão uma camiseta alusiva à seleção brasileira para torcer durante as partidas. O diretor-presidente da corretora Gilberto Dargezitch, explica que foi desenvolvida uma campanha de incentivo de vendas especial para a ocasião. “Nós vamos entregar um prêmio para o funcionário que indicar um seguro e a venda for finalizada no dia do jogo da seleção”, promete Dargezitch. “Quem acertar os dois finalistas da Copa também ganhará um prêmio extra”, adianta.
Ele conta que promoveu uma reunião com os colaboradores para sugerir opções e definir as ações realizadas pela corretora em relação aos jogos. Segundo Dargezitch, a premiação em dinheiro estará dentro de bexigas espalhadas pela corretora. “As meninas aqui do escritório tiveram a ideia, nós achamos interessante e decidimos colocar em prática”, completa.
Ainda no campo das ações personalizadas que as empresas prepararam para esquentar o clima de Copa do Mundo, a SulAmérica organizou um concurso cultural interno com o objetivo de identificar os colaboradores que têm ou não talento com a bola de futebol. Foi possível gravar um vídeo de até 40 segundos e enviá-lo para um comitê desenvolvido para avaliar o desempenho dos participantes em cinco categorias. Os ganhadores foram premiados com uma camiseta personalizada da seguradora para torcer pelo Brasil.
Febre entre crianças, adolescentes e também adultos, as figurinhas do álbum da Copa passaram a fazer parte das atividades propostas. A empresa disponibilizou local e horário específicos para os colecionadores trocarem os itens repetidos.
A ocasião também permite não só uma integração com os colaboradores diretos das empresas, mas com os indiretos também. É o caso da seguradora MetLife, que promoverá uma campanha direcionada às corretoras parceiras. O objetivo é envolver mais de três mil pessoas em locais como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, entre outros. A seguradora visitará 315 corretoras e sorteará presentes personalizados, além de distribuir brindes. “Queremos aproveitar a data para aproximar a marca Metlife dos corretores”, explica o diretor Comercial da empresa, Luiz Barsotti.
Essas ações desenvolvidas durante a Copa do Mundo trazem como benefícios a melhora da autoestima do funcionário, aumento da produtividade e da empatia entre o colaborador e a empresa. Muitas vezes, não é nem preciso muito investimento. Mas, a especialista Simone Castillo alerta que, para que a organização consiga o efeito desejado, que é motivar o funcionário, “é preciso que haja um equilíbrio no que será feito para atender tanto a empresa quanto o trabalhador”.

Jamille Niero
Revista Apólice

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