Que diferenciais o cliente embarcador (indústria, comércio, prestadores de serviços em geral, além das transportadoras e empresas de logística), deve buscar para adquirir o melhor Seguro de Transportes, considerando o que existe hoje no mercado?
De acordo com Carlos Barros de Moura, da BarrosDeMoura & Associados, o principal “está na qualidade e quantidade de serviços disponibilizados pelas seguradoras”. Na sua avaliação, “esses serviços devem fundamentalmente tornar os fluxos de trabalho ágeis e simples, reduzindo retrabalhos e custos”.
“O problema é que, no mercado interno, o grande vilão é o enorme volume de roubo de cargas, que encarece toda a cadeia de transportes, aí incluído o seguro. Além disso, a péssima condição de nossas rodovias é um fator a mais na geração de problemas”, acrescenta Moura.
De qualquer forma, certos diferenciais devem ser considerados na hora de escolher o produto, tais como: alta capacidade da seguradora de subscrever riscos grandes e complexos, bem como agilidade no atendimento de consultas, transparência e flexibilidade, com custos atrativos e competitivos.
Moura reforça mais dois aspectos importantes: capacidade de aceitar riscos em todos os segmentos de mercado, além de serviços de suporte ágeis e eficientes para corretores e segurados.
Parcerias
Ele confirma também que os serviços de gerenciamento de riscos, “que não necessariamente se resumem a escoltas e rastreamentos para as cargas e veículos”, podem significar resultados positivos para embarcadores e seguradoras.
“É importante lembrar que há estudos indicando que cerca de 70% dos sinistros no transporte de cargas podem ser evitados com planos eficazes de gerenciamento de riscos. Logo, é vital contar com seguradoras que estejam estruturadas para atuar em conjunto com o corretor na busca dos melhores resultados que esse instrumento pode gerar”, considera.
Indicador econômico
Moura lembra ainda que o seguro de Transportes serve também como indicador econômico. “Nota-se rapidamente quando há queda ou crescimento econômico por meio das declarações de embarques enviadas às corretoras e seguradoras”.
Como o Brasil passa por um bom momento econômico, o seguro de Transportes tem maior relevância do que nunca.
“Nas operações de comércio internacional, o uso do Seguro de Transportes tem um interesse muito especial, porque dá condições a nossos exportadores e importadores para fazer um melhor planejamento de seus fluxos de negócios. Além disso, pela proximidade com seus operadores (corretores e seguradoras), os ocasionais processos de regulação e pagamento de sinistros são muito mais ágeis”, reforça Barros de Moura.
Apesar das oportunidades, é preciso qualificação, expertise e capacidade de atuação internacional para corretores que desejam se especializar em seguro de Transportes.
“Nosso foco na BarrosDeMoura & Associados, por exemplo, está nos embarcadores e somos muito atuantes no comércio internacional. Para apoiar nossas ações, somos muito ativos na participação em entidades desse setor, tanto no Brasil, como no exterior. E, também, estamos integrados a uma rede de corretores distribuída em diversos países”.
História do produto
O seguro de Transportes é um clássico da indústria do seguro. Tem papel fundamental no comércio internacional e nacional universalmente. Foi preponderante no sucesso da Inglaterra na Revolução Industrial do século XVIII, que continuou pelo XIX.
Seu templo foi, por longo período de tempo, o Lloyd´s de Londres, desde a o início na Taverna de Edward Lloyd, onde os ramos de seguros eram divididos por Marine, Non Marine e Life. Tempos depois veio o ramo Aviation.
No Brasil, o Código Comercial de 1850 já tem normas para o seguro de Transportes. Atualmente, é seguido o clausulado internacional, facilitando a vida de segurados, corretores e seguradoras. E hoje com o mercado livre de resseguro, essa situação permite operações mais tranquilas e eficazes.
J.N.
Revista Apólice
