Antonio Penteado de Mendonça, advogado especializado em seguros, é direto ao classificar o mercado de seguro residencial no Brasil como sendo incipiente . Segundo ele, o valor médio de um seguro residencial corresponde a 0,05% do valor de um imóvel. Caso chegasse a 0,1% não causaria impacto nos preços , diz ele.
Para o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado (Sincor-SP), Leôncio de Arruda, a sinistralidade na carteira de seguros residenciais ainda é pequena, e pode acomodar eventuais aumentos.
Está entre 10% e 15% do valor do prêmio, em média. Só para se ter uma ideia, no seguro de veículos as indenizações consomem 70% dos prêmios pagos , diz o presidente do Sincor-SP.
Estimativas do mercado dão conta de que só 4,5 milhões de residências têm seguro deste tipo. Representa 8% do total de residências que poderiam ser seguradas , disse uma fonte do mercado.
Os produtos de seguro residencial oferecem como cobertura básica indenizações contra incêndio, quedas de raio e explosões. Como coberturas adicionais, as companhias oferecem alternativas de proteção contra danos elétricos, roubo, quebras de vidros e até responsabilidade familiar, problemas causados a terceiros ou bens de terceiros de forma involuntária pelo segurado ou algum dependente.
A Fundação Procon de São Paulo recomenda que, antes da contratação de qualquer tipo de seguro, os consumidores verifiquem os detalhes da cobertura e principalmente os itens de exclusão, isto é, as ressalvas quanto às proteções oferecidas.
As seguradoras vendem apólices anuais a partir de R$ 9, caso da Marítima Seguros para um capital de R$ 25 mil. Cláudio Saba, diretor técnico da seguradora, alerta os consumidores para que avaliem o imóvel, além de tudo o que está dentro.
Jornal da Tarde