Ultima atualização 02 de março

Mesmo sem monopólio, IRB ainda recebe risco

Mesmo com a quebra do monopólio estatal do mercado de resseguros no Brasil, em 2007, grande parte do risco de seguro do mercado brasileiro ainda é repassado ao IRB Brasil RE, antigo Instituto de Resseguros do Brasil, que fechou 2009 com 80% de participação de mercado. É natural que continuemos na liderança do setor já que o monopólio durou 69 anos. Nós, no entanto, não estamos preocupado em perder market share, o que será natural com o avanço da abertura do setor, explicou o presidente do IRB Brasil RE, Eduardo Nakao.
Com estrutura de capital divida meio a meio entre o Tesouro Nacional e um pool de 25 seguradoras privadas, o IRB Brasil RE conserva sua tradição de assunção de risco de terceiros, porém sua metodologia de subscrição está mais rígida e a empresa tem evitado e até recusado operações com histórico ruim.
Nakao disse acreditar que as perspectivas de desenvolvimento para o País reservam também boas expectativas para o resseguro. Segundo o executivo, os projetos de infra estrutura em andamento e a garantia de realização da Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 no Brasil serão alavancas para expansão das operações de seguro, principalmente dos ramos de Garantia, que garante obrigações contratuais entre empresas, de Engenharia e de Operações.

Resultados
O IRB Brasil RE fechou 2009 com lucro líquido de R$ 370,4 milhões, alta de 2,67% em relação ao apurado em 2008 (R$ 360,7 milhões). O volume de prêmios retidos, que mede o faturamento da empresa, em 2009 ficou em R$ 1,587 bilhão, alta de 3,34 % em relação aos R$ 1,536 bilhão de 2008. Ainda que tenhamos apurado crescimento abaixo da inflação, considero nosso resultado satisfatório, tendo em vista que competimos com grandes seguradoras locais, disse Nakao, referindo-se às empresas, nacionais e estrangeiras, que assumem risco com CNPJ do Brasil.
O patrimônio líquido do IRB encerrou 2009 em 1,993 bilhão, alta de 5,96% frente ao verificado em 2008 (R$ 1,881 bilhão). A rentabilidade sobre o patrimônio líquido foi de 19,68%. O índice de sinistralidade dos riscos retidos pelo IRB-Brasil Re em 2009 foi de 61,78%, uma redução de 14,47 pontos percentuais em relação a 2008.
As reservas técnicas realizadas em 2009 atingiram o montante de R$ 6.359,9 milhões, uma redução de 11,37% em relação a 2008. Como o índice de sinistralidade em 2009 diminuiu, explica a empresa, houve uma redução natural do provisionamento.

Lucas Vettorazzo / Jornal do Commercio-RJ

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