Ultima atualização 11 de março

Cardif começa a atuar com títulos de capitalização dentro de dois meses

A nova empresa que será criada pela Cardif, seguradora que pertence ao grupo francês BNP Paribas, para a oferta de títulos de capitalização iniciará suas operações dentro de dois meses. Essa será a única operação da Cardif no mundo a vender capitalização. “Essa é mais uma iniciativa de médio e longo prazo para manter o crescimento e a rentabilidade da seguradora”, diz Alexandre Boccia, presidente da Cardif Brasil.
No ano em que completa dez anos de operação no país, a seguradora espera crescer entre 20% e 30% em receitas. No ano passado, o faturamento foi de R$ 506 milhões, avanço de 41% em relação a 2008. A título de comparação, a receita do mercado segurador (seguros, previdência e capitalização) cresceu 11%. Esse faturamento é relativo às três seguradoras do grupo no Brasil: a Cardif Vida (R$ 301 milhões), a Cardif Garantias (R$ 97 milhões) e a Luizaseg, joint venture com a rede de varejo Magazine Luiza (R$ 124%).
O lucro líquido da operação no Brasil foi de R$ 17,11 milhões, 50% maior que no ano anterior. A operação de garantias (responsável por ramos elementares – seguros de bens e responsabilidade) foi o único que apresentou prejuízo, de R$ 4,2 milhões. Isso porque a sinistralidade aumentou 50% no seguro de proteção financeira – que responde por metade dos negócios da seguradora- por conta do aumento do desemprego no ano passado como reflexo da crise.

Prateleira
A seguradora também oferece apólices de acidentes pessoais, residencial, automóveis e garantia estendida. Desenvolvido no ano passado, o seguro residencial já compõe 8% da carteira da Cardif e é um dos seguros com maior potencial de crescimento. “Segundo as nossas estimativas, menos de 10% das residências no Brasil possuem seguros”, diz Boccia.
Criada em 1973 na França, a Cardif está presente em 39 países e em todos eles é focada na oferta de apólices para pessoas físicas, não atuando no segmento corporativo. “No Brasil em particular, como os bancos têm as suas seguradoras, focamos em parcerias com o varejo, nosso principal canal de distribuição”, comenta Boccia.
Segundo ele, a capitalização tem muita sinergia com o negócio atual da empresa. “Hoje já vendemos seguro de acidentes pessoais junto com capitalização, mas de outra empresa. Os títulos têm o perfil do público que queremos atingir, pois são populares e de baixo custo”, comenta. Hoje atuam no mercado de capitalização 11 empresas, sendo a maioria de grandes bancos. No ano passado o setor faturou R$ 10,1 bilhões, crescimento de 12% emrelação a 2008.

Thais Folego
Brasil Econômico

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