O superintendente da Susep, Armando Vergilio dos Santos, aproveitou ontem, 18 de março, o lançamento da tábua atuarial brasileira para anunciar a sua saída do comando do órgão regulador. “Eu aproveito para me despedir de boa parte do mercado aqui presente. Amanhã (19 de março) será o meu último dia de trabalho na Susep”, anunciou o superintendente.
Ele deixa o comando da Susep para disputar uma vaga nas próximas eleições em Goiás pelo PMN. No entanto, não está definido ainda se ele concorrerá como deputado federal ou senador. De acordo com Santos, ele deixa a autarquia - após comandá-la por dois anos e sete meses - com gosto de saudades e, principalmente, com sentimento de dever cumprido por ter participado das conquistas obtidas pelo mercado nos últimos anos. “Nós elevamos a Susep a outro patamar. Não existe mercado de seguros forte com órgão regulador fraco”, analisou ele.
Entre as conquistas obtidas durante o tempo em que Santos esteve sob o comando da Superintendência, ele citou a abertura do mercado de resseguros, o crescimento do mercado de seguros como um todo, além de um conjunto de ações que está para ser colocado em prática com o lançamento do microsseguro, PrevSaúde e Educação e a própria tábua atuarial brasileira.
Na próxima segunda-feira, 22 de março, o economista Paulo dos Santos, responsável pela área de Administração da Autarquia desde abril de 2008, assumirá o comando da Superintendência. Ele afirmou que pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido por Santos. “A Susep está passando por um processo de mudanças. Nós conseguimos nos reestruturar e a ideia é continuar com um trabalho de aproximação com o mercado”, ressaltou.
Segundo ele, a autarquia se esforçará para se aproximar da sociedade, ouvindo mais o consumidor de seguros e também do meio acadêmico. Paulo dos Santos foi escolhido como substituto de Armando Vergilio por uma decisão compartilhada entre a diretoria. “Estou nomeado como substituto do Armando e segunda-feira eu assumo até que o governo se manifeste, pode ser que não seja confirmado”, explicou o novo superintendente.
Como a Susep não tem mandato, ele pode ficar até a próxima mudança de governo ou permanecer no comando da autarquia mesmo que a administração do País mude.
Aline Bronzati
Revista Apólice
