Rubens Nogueira Filho *
O mercado brasileiro de seguros está em constante movimentação, com parcerias, inovações e lançamentos diferenciados para todas as classes sociais. Porém, a aquisição de seguros ainda esbarra em uma questão cultural, ou seja, se compararmos os números brasileiros deste setor com outros países da América Latina e Europa, vamos perceber que a compra desses produtos pelos brasileiros é muito menor. Por isso, torna-se fundamental mudar a cultura de consumo de serviços, ou seja, fazer com que o seguro faça parte do dia-a-dia do consumidor. E este é o grande desafio para seguradoras e corretoras nos próximos anos.
Hoje, pode-se dizer que o mercado brasileiro de seguros corresponde a 3 ou 4% do PIB ? porcentagem muito distante de outros países. Porém, este número tende a triplicar nos próximos anos, principalmente com ações de massa, como os produtos financeiros que passaram a ser oferecidos pelos grandes varejistas em todo o País. E entre os produtos que prometem fazer parte do dia-a-dia dos brasileiros, destaco o seguro para quitação de dívidas em caso de desemprego, assistência para automóveis, seguro garantia, e até mesmo os seguros tradicionais, como de residência.
Assim, a grande oferta de produtos e serviços massificados traz para o segmento segurador uma grande fatia de pessoas que consomem produtos financeiros. Trata-se de um público que necessita atenção, pois tem desejo de consumir, porém até então não tinha oportunidades em vista. E esta é uma das armas do mercado, tanto varejista quanto segurador para conquistar novos clientes e chamar a atenção dos consumidores para os benefícios desses serviços.
É possível afirmar que a massificação dos seguros é um caminho sem volta, pois estes produtos chamam a atenção pelo grau de confiabilidade, já que estão ligados a grandes marcas varejistas e seus private labels, ao funcionalismo e ao baixo custo, principalmente. O seguro quitação de dívidas em caso de desemprego é um bom exemplo, já que, indiretamente, ajuda a diminuir o nível de desemprego, pois evita a negativação do CPF do consumidor, que pode voltar ao mercado de trabalho mais facilmente e com o nome limpo.
* Rubens Nogueira Filho é diretor presidente da Classic Corretora de Seguros