Antes da vinda da Liberty International Underwriters (LIU), divisão internacional de grandes riscos do grupo Liberty, a seguradora não atuava nesse segmento no país. Ela fazia seguros para veículos e apólices para empresas de pequeno e menor porte. “A abertura domercado de resseguros no Brasil trouxe oportunidades enormes”, diz Luis Maurette, presidente da Liberty no Brasil.
Para captar essas oportunidades o grupo trouxe duas resseguradoras para o país no ano passado: a Liberty Mutual e a Liberty Syndicates. Esta última está entre as maiores empresas que atuam no Lloyds, o maior mercado de resseguros do mundo, que fica sediado em Londres e é formado por 75 resseguradoras. Resseguradora é a empresa que aceita parte ou totalidade dos riscos assumidos pelas seguradoras, por isso são conhecidas como seguradoras da seguradora. Para atuar no mercado de grandes riscos, é estratégico que a seguradora tenha o suporte de uma resseguradora, ainda mais se for do mesmo grupo, para poder aumentar sua capacidade de cobertura dos riscos.
Com a LIU, a Liberty está atuando com riscos do setor de petróleo, gás, químico, marítimo e de construção, além de D&O e seguro garantia, que assegura queuma obra será terminada dentro do prazo e condições previstas no contrato.
No mercado de grandes riscos estamos observando dois movimentos no país: os bancos querendo sair ou diminuir sua exposição, focando em seguros massificados e de menor risco; e as seguradoras internacionais se especializando em linhas de grandes riscos – buscando ganhar espaço na brecha dos que estão de saída. Entre elas Liberty, Allianz, Mapfre e Ace.
A abertura do mercado de resseguros no país trouxe grandes oportunidades às seguradoras estrangeiras.
Thais Folego
Brasil Econômico
