Há muito tempo o mercado de seguros foca no automóvel, mas agora se fala mais sobre alternativas que fogem dessa e de outras carteiras mais conhecidas – como saúde, viagem ou as responsabilidades. Ou, pelo menos, da maneira de comercializá-la.
O varejo aparece como uma dessas alternativas. O mercado de Afinidades, dentro do segmento de massificados, tem a missão de chegar mais perto dos consumidores, disseminando o seguro para os clientes potenciais que não têm acesso fácil ao setor – especialmente nas classes D e E que já são clientes do varejo.
Mesmo aparecendo como opção, alguns corretores ainda não se sentem à vontade para fazer parcerias com essas redes, seja por conta da especialização necessária ou por preferirem canais mais tradicionais de distribuição. Por isso, fomos conversar com os corretores que já atuam na área para saber: é vantajoso para os profissionais fazerem parcerias com as redes de varejo?
A opinião deles
André Luis Rosa, diretor de Afinidades da Garanseg Corretora de Seguros, conta que a empresa tem contratos de garantia estendida, furto e roubo de equipamentos, danos a equipamentos, prestamista e também com sorteios com grandes varejistas. “Acredito que essa parceria seja vantajosa tanto para a corretora quanto para o varejista”, afirma.
Marcos Francez, corretor da I9 Corretora de Seguros, também acredita que parcerias como essa são benéficas. “A corretora pode oferecer seguros e microsseguros a um número maior de clientes e as redes varejistas ampliam sua atuação junto ao consumidor”, ressalta.
Apesar da resolução 297/13, na qual a Susep determinou que o próprio varejista poderia ser representante da seguradora, Rosa afirma que as propostas que os corretores levam às empresas fazem com que elas percebam que, de fato, precisam de um profissional a seu lado que apresente propostas diferentes. “Trabalhar com o corretor,por conta de nossos serviços, agrega valor aos produtos que são comercializados”, concorda Francez.
Alternativas
Diversos ramos de seguros podem ser comercializados dessa maneira, tendo destaque, fomentando a cultura de seguro da população e diminuindo a dependência de meios tradicionais. “Isso vai desde microsseguro, passando pelo ramo de Pessoas, Danos, Previdência, Riscos Diversos, Viagem indo até produtos para animais. Além do mais negociado: a garantia estendida”, elenca Francez.
Como a maioria das oportunidades, é preciso conhecimento tanto sobre o mercado varejista quanto sobre a área de afinidades para atuar nesse nicho, que conta com longos contratos que podem demorar até um ano para serem totalmente formalizados. “Mas, a partir desse contato, você acaba fidelizando o varejista, tendo-o sempre em sua base”, pontua André Luis Rosa.
Amanda Cruz
Revista Apólice