Ultima atualização 31 de outubro

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Seguradora apresenta suas perspectivas após joint venture

Companhias unem expertise global e regional para formar união que lança nova seguradora no mercado de seguros

joint venture

Na noite de segunda-feira, 30, o mercado de seguros teve contato oficial, em São Paulo, com o resultado da recente joint venture do setor. A Swiss Re Corporate Solutions e a Bradesco Seguros unindo forças.

Nessa parceria, a expertise global fica por conta da companhia suíça, que incentiva a criação de novos produtos e formas de atendimento com bases internacionais e a seguradora brasileira coloca à disposição o seu ponto forte: o conhecimento regional e a aliança com os corretores de seguros. Luciano Calheiros, CEO da Swiss Re Corporate Solutions no Brasil, falou sobre união. É assim que ele deseja que essa junção seja vista.

Com corretores e diversos executivos das companhias do mercado presentes, alguns temas foram esclarecidos, como o atendimento ao corretor. Calheiros explicou que a nova seguradora contará com o atendimento das sucursais da Bradesco Seguros para dar andamento às demandas junto aos corretores, que continuarão a ser atendidos da mesma forma que antes. Está tudo unificado.

Mercado

Juntas, as carteiras somam R$ 820 milhões de prêmios emitidos. “Agora, queremos diversificar nossas ofertas de produtos, novas linhas de negócios”, afirmou Calheiros.

Entre as grandes carteiras das companhias, a Swiss Re Corporate Solutions contava com foco em seguro rural e garantia, unindo com as duas potencias da Bradesco Seguros: carteiras de patrimonial e transportes. “Essas são as quatro grandes carteiras que temos na companhia hoje e queremos continuar focando e aos poucos desenvolver  – agora com mais velocidade – as carteiras de menor porte”, adiantou Calheiros.

Entre as apostas menores, deverão estar produtos como aeronáutico, RC e D&O, desenvolvendo conhecimento sobre essas carteiras e investindo em subscrição e regulação de sinistros, com um olhar especial às pequenas e médias empresas. “Estamos aqui para ficar”, decretou. O CEO ainda conclamou os corretores de seguros a serem, de fato, seus parceiros: “O sucesso dessa parceria depende dos corretores de seguros.Por isso, reforço o comprometimento para que corretores e clientes possam confiar na nossa empresa”, completou.

Expressividade

Axel Brohm, CEO para a América Latina, discursou, em bom português, que é “uma honra essa parceria. Inauguramos um novo escritório no Rio de Janeiro e vamos continuar investindo para trabalhar para os corretores e clientes”, afirmou. A partir dessa parceria, a operação brasileira se tornará uma das principais sucursais de crescimento no mundo, acrescentando cerca de 5% no faturamento mundial total.

“A Swiss Re estima que pagará US$ 3,6 bilhões em sinistros ocasionados pelas catástrofes Harvey e Maria e uma grande parte disso vem da América Latina. É nesses momentos que destacamos nossas propostas de valor e explicamos a importância dos seguros para a sociedade”, destacou Brohm. Ele afirmou que a companhia não está fazendo de tudo, mas quer se manter presente e forte nesse mercado. “Temos muito trabalho pela frente. Agora, nem tudo funcionará perfeitamente como um relógio suíço, mas trabalharemos para ajustar nossa casa e oferecer soluções ao mercado brasileiro”, comentou.

Parceria

A Bradesco Seguros demonstrou-se tão contente quanto sua parceira com a nova união. O diretor geral da organização de vendas do Grupo Bradesco Seguros, Marco Antônio Gonçalves, afirmou que a escolha para a joint venture não foi feita a esmo, que a parceira foi escolhida pois as duas companhias são bastante afins. “Nós estamos nesse negócio na sua totalidade. Sempre tendo a intermediação do corretor de seguros. O que nós temos como propósito é dar aos nossos clientes e corretores o que há de melhor no mercado”, enfatizou.

Octavio de Lazari Júnior, presidente da Bradesco Seguros, falou um pouco mais sobre a decisão de joint venture e afirmou que a iniciativa é importante pois, anteriormente, a Bradesco Seguros atuava timidamente no mercado de grandes riscos. “Não porque não quiséssemos [atuar], mas porque a gente não tinha as competências necessárias para atuar firme e forte nesse segmento”, pontuou. “Procuramos alguém com a mesma pegada,não para fazer uma joint venture, mas um casamento com uma empresa que tivesse a mesma crença que nosso país vai dar certo e vai crescer apesar de tudo”, relatou.

Lazari encerrou o seu discurso lembrando de toda a equipe que a Bradesco disponibilizou toda sua equipe e que essa união,que começou a ser planejada há dois anos para a companhia nascer. “Se nós somos do tamanho dos nossos sonhos, vamos sonhar grande e essa companhia será um orgulho para os nossos clientes e nossos corretores”, finalizou.

Amanda Cruz
Revista Apólice

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