Ultima atualização 23 de fevereiro

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Grupo BB e Mapfre encerra 2016 com lucro líquido de R$ 2 bi

Desempenho fica por conta dos negócios no segmento agrícola, que representa 17,3% de todos os negócios da companhia

Grupo

Mesmo com os desafios enfrentados em 2016, o Grupo BB e Mapfre encerrou o período com R$ 15,8 bilhões em prêmios emitidos e lucro líquido de R$ 2 bilhões.

O resultado sofreu uma retração de 7,8 % em relação a 2015, principalmente pelo incremento da sinistralidade nas carteiras de automóvel e transporte e pelo decréscimo das vendas do prestamista e automóvel.

O desempenho fica por conta dos negócios no segmento agrícola, que atualmente representa 17,3% de todos os negócios da companhia.

O índice combinado foi de 88,7%, 0,9 ponto percentual acima do observado em 2015. As despesas administrativas foram de 8,0%, 0,3 ponto percentual melhor em relação a 2015.

Mesmo com o desempenho um pouco abaixo ao observado em 2015, o Grupo encontra-se como uma das empresas do setor com melhor taxa de retorno sobre o patrimônio, de 36,5% (41,4% em 2015).

“Apesar do cenário econômico, mantivemos os níveis de rentabilidade e taxa de retorno superiores à média do mercado”, explica Luis Gutierrez, presidente nas áreas de Auto, Seguros Gerais e Affinities.

“Acreditamos na retomada do crescimento de vendas em 2017, a partir da recuperação gradual dos indicadores econômicos. Nesse sentido, focaremos nossa atuação na melhoria da relação com clientes e distribuidores, por meio da inovação e do uso intensivo da tecnologia digital, além de promover a revisão de nossos processos e a otimização de custos operacionais e administrativos”, afirma o presidente nas áreas de Vida, Rural e Habitacional, Roberto Barroso.

Performance das carteiras

No balanço consolidado de 2016, a empresa encerrou o ano com participação e liderança em danos (20,1% de mercado), e vice-liderança em seguro de vida e automóveis (17,0% e 12,6% de participação, respectivamente).

Em agronegócios e habitacional, o crescimento foi de 12,2%, garantindo a liderança da empresa e superando os objetivos de volume de negócio e resultados previstos para o ano.

A carteira de grandes riscos (que contempla principalmente os negócios de transportes, riscos patrimoniais, dentre outros), com 16,0% de participação, o destaque foi a boa performance dos seguros patrimoniais.

Para reverter o desempenho dos seguros prestamistas, afetados pela retração na concessão de crédito, em vida, o Grupo direcionou esforços para as vendas de seguros tradicionais, que registraram crescimento de 15% (o dobro da média de mercado), mantendo os resultados conquistados no ano anterior.

Em decorrência da retração na indústria automobilística e das dificuldades do cenário macroeconômico, a companhia encerrou o ano com participação de mercado de 12,6%, mantendo a segunda posição no ranking nacional, com decréscimo de 16,4% no segmento de automóveis.

Durante o ano, a companhia seguiu com uma política de gastos sob controle, com destaque para a negociação e renegociação de contratos administrativos com os fornecedores, conclusão do processo de centralização dos call centers nas regiões de Franca e São Carlos (SP) e a implementação do SAP em todas as empresas do Grupo no módulo administrativo-financeiro, com a mitigação de riscos de compliance, melhorando a qualidade operacional.

Atento às necessidades dos clientes, à dinâmica do mercado e à importância da inovação para o crescimento do negócio, a companhia desenvolveu ainda uma Estratégia Digital ao longo do ano, que busca garantir a oferta de serviços e soluções digitais inovadores de forma fácil, ágil e acessível a qualquer tempo e lugar e resultam em experiências positivas e autonomia aos clientes, simplificando processos e gerando eficiência no lançamento de produtos e serviços.

Três novos produtos de vida no Internet Banking foram criados com base nos conceitos de usabilidade, além do lançamento dos aplicativos institucionais das marcas Banco do Brasil Seguros e Mapfre Seguros e do produto de automóvel (sinistro e assistência), com mais de 96 mil usuários e 7,5 mil serviços realizados no ano via app.

Também foi criado o Link Digital, que direciona o cliente em busca de uma cotação de seguros no site para o atendimento especializado de Corretores Mais, de acordo com a sua localidade.

Os investimentos promovidos em tecnologia da informação e infraestrutura totalizaram R$ 194,8 milhões no ano. O montante englobou não apenas a criação de aplicativos, mas o desenvolvimento de campanhas para captação e fechamento de negócios no ambiente digital e estudos de adoção de novas tecnologias, como computação cognitiva e novas plataformas web e mobile com foco em autosserviço e apoio a vendas.

Colaboradores, comunidade e e sociedade

Além de apresentar bons índices de crescimento, em 2016 a empresa promoveu diversas ações com fornecedores e parceiros de negócio para garantir a inclusão de critérios ASG (ambientais, sociais e de governança) na gestão de fornecedores, buscando não somente aprimorar os documentos normativos e procedimentos de forma a mitigar a incidência de riscos, mas também manter relacionamento com parceiros de negócio idôneos.

Durante o ano, mais de 90 fornecedores do setor de agronegócios e habitacional foram treinados sobre a integração de aspectos ASG para o aprimoramento das práticas de regulação. Por meio de uma parceria com o Sebrae-SP, cursos sobre processos sustentáveis e gestão de negócios e pessoas foram oferecidos a prestadores de serviços credenciados, com enfoque nas oficinas mecânica, de funilaria e pintura e prestadores de serviços de guinchos que fazem o atendimento aos segurados de automóvel.

Outra conquista foi a Criação do Conselho de Diversidade, formado por seis pilares de atuação (pessoas com deficiência, gênero, gerações, etnias, LGBT e voluntariado), com o objetivo de promover a igualdade e contribuir para a construção de uma cultura de respeito às diferenças.

No ambiente interno, o compromisso da seguradora com colaboradores e clientes resultou no fortalecimento da Universidade Corporativa, com a realização de ações e programas de treinamento que totalizaram mais de 323 mil horas em desenvolvimento e capacitação ao longo de 2016 e a estruturação do Programa de Gestão da Sucessão, para identificar e mapear cargos-chave dentro da organização e, a partir daí, desenvolver ações de desenvolvimento para garantir um plano de sucessão no Grupo.

Já no âmbito social, o destaque foi o apoio à cultura ao longo do ano. Foram 35 projetos desenvolvidos por 32 instituições em todo o Brasil receberam o apoio da companhia, beneficiando mais de 4,9 milhões de pessoas. Destaque para o patrocínio da exposição “O triunfo da cor. O pós-impressionismo: obras-primas do Musée d’Orsay e do Musée de l’Orangerie”, que registrou um público total de mais de 922 mil visitantes em São Paulo e Rio de Janeiro, consolidando-se como a segunda maior exposição patrocinada pela empresa.

L.S.
Revista Apólice

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