Ultima atualização 17 de dezembro

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Seguro paramétrico ganha espaço na gestão de riscos climáticos

A discussão sobre financiamento climático e adaptação tem ganhado urgência diante do aumento da frequência e da intensidade de eventos extremos. Entre 2000 e 2019, desastres climáticos geraram perdas médias anuais de US$ 143 bilhões para a economia global, segundo levantamento publicado pela Nature Communications. O cenário evidencia a necessidade de instrumentos financeiros capazes de oferecer previsibilidade e resposta rápida em um contexto de crescente volatilidade climática.

Para Eduardo Lucena, CEO adjunto da Lockton, a integração entre sustentabilidade e resiliência tornou-se estratégica. “Reforça-se a urgência de integrar sustentabilidade e resiliência em todas as decisões econômicas. Com o seguro paramétrico, é possível alinhar proteção financeira à estratégia ESG das empresas, transformando dados climáticos em decisões ágeis e confiáveis”, afirma.

Nesse contexto, o seguro paramétrico vem se consolidando como uma alternativa aos modelos tradicionais. Diferentemente do seguro convencional, o pagamento da indenização é acionado automaticamente quando parâmetros previamente definidos, como volume de chuvas, velocidade dos ventos ou temperaturas extremas são atingidos. O modelo elimina a necessidade de avaliação detalhada de danos, acelerando o acesso aos recursos e a recuperação operacional.

De acordo com dados do Centro de Qualificação do Corretor de Seguros (CQCS), o mercado global de seguros paramétricos cresce cerca de 15% ao ano, impulsionado pela demanda por soluções mais rápidas, transparentes e baseadas em dados. “O seguro paramétrico não é apenas uma apólice; é uma estratégia de resiliência. Ele permite que empresas e comunidades afetadas por eventos extremos recebam recursos rapidamente, mantendo a continuidade operacional e reduzindo perdas econômicas”, comenta Paulo Esteves Viveiro, Head of Placement da Lockton.

Setores como agricultura, energia renovável e infraestrutura estão entre os mais beneficiados por esse modelo, uma vez que a resposta imediata aos eventos extremos contribui para reduzir interrupções operacionais e assegurar maior estabilidade financeira.

Com o avanço das soluções financeiras inovadoras, o seguro paramétrico se consolida como um instrumento central na construção de uma economia mais resiliente, capaz de transformar riscos climáticos em decisões estratégicas para empresas e governos.

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