Ultima atualização 19 de setembro

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Multimodal: Agentes de IA podem ser assistentes junior na tomada de decisões

Ankur Patel, Jason Zilberkweit, Yinon Masad e Samy hazan, da SOSA
Ankur Patel, Jason Zilberkweit, Yinon Masad e Samy hazan, da SOSA

EXCLUSIVA – Já instalada no Brasil, a SOSA trouxe ao país a Multimodal, uma de suas empresas identificadas para atuar com agentes de Inteligência Artificial. Como a própria IA explica, Agentes de IA são sistemas de software que usam inteligência artificial para realizar tarefas de forma autônoma, alcançando objetivos pré-determinados sem intervenção humana constante. Eles interagem com seus ambientes, aprendem, raciocinam e tomam decisões para executar ações e resolver problemas complexos. Esses agentes podem processar diversos tipos de dados, como texto e voz, e são projetados para auxiliar em funções cognitivas e operacionais, desde a automação de TI até o suporte ao cliente. 

Durante roadshow na semana passada, a Multimodal mostrou sua capacidade para apoiar empresas brasileiras na adoção de tecnologias que aumentem sua eficiência operacional, melhorem a experiência do cliente e abram novas oportunidades de negócios.

Segundo Yinon Masad, head de negócios da SOSA, a companhia já atua no Brasil há cinco anos, com clientes como Natura, Suzano e Embraer. A abertura de um escritório em São Paulo reforça o compromisso de aproximar as melhores tecnologias globais das empresas nacionais. “Nosso objetivo é garantir que as soluções de ponta sejam adaptadas à realidade local, levando em conta regulamentação, privacidade de dados, idioma e integração com sistemas já existentes”, afirmou. em resumo, o papel da SOSA é identificar os problemas das empresas, de diversos nichos de negócios, e buscar soluções em empresas de tecnologia espalhadas pelo mundo. Um dos grandes desafios do Brasil, segundo Masad, é justamente a sua extensão territorial e a diversidade de pessoas e empresas.

A parceria com a Multimodal busca acelerar o uso de IA em processos corporativos, especialmente em áreas como underwriting, análise de risco, precificação e atendimento a sinistros. Para o mercado de seguros, as soluções prometem ganhos expressivos em produtividade, redução de custos e agilidade nas tomadas de decisão. “As seguradoras brasileiras enfrentam desafios estruturais e demográficos, com a saída de profissionais experientes e dificuldade em atrair novos talentos. A IA surge como um suporte para ampliar a capacidade de resposta do setor”, destacou Ankur Patel, executivo da Multimodal.

É importante ressaltar que o modelo de Agentes de Inteligência Artificial pode ser aplicado em empresas de diversos segmentos e tamanhos. O modelo de implementação prevê duas fases: inicialmente, a criação de ambientes sandbox para provas de conceito (POC), com duração média de até três meses e, posteriormente, a integração completa às operações das empresas, que pode levar de três a seis meses. “O processo é gradual, mas visa consolidar múltiplos casos de uso ao longo dos anos”, acrescenta Patel.

Essa tecnologia pode ser aplicada nas empresas para encurtar caminhos e resolver processos um pouco mais complexos com segurança. “Além do conhecimento e da conexão dos dados internos das áreas de uma empresa, é preciso criar meios para a tomada de decisões simples. A IA é um assistente para a tomada de decisões. Porém há as sequências mais longas de trabalho para as quais a IA pode ser treinada como se fosse um colaborador junior. Como ela recebe um treinamento e o feedback, ela se torna capaz de tomar as decisões”, ressalta Patel. Para ele, conforme a IA fica melhor e mais treinada, suas decisões são mais confiáveis.

Durante os encontros realizados em São Paulo, a receptividade do mercado surpreendeu os executivos. Muitas empresas demonstraram urgência em iniciar testes e avaliar o impacto da tecnologia em seus processos. “O nível de interesse no Brasil está no mesmo patamar do que vemos nos Estados Unidos e na Europa. O diferencial é que aqui existe uma demanda clara por soluções que simplifiquem processos e ampliem a oferta de produtos ao consumidor final”, observou Masad .

Para os executivos, o grande valor da IA não está apenas na redução de custos, mas na possibilidade de transformar a experiência do cliente, oferecendo cotações mais rápidas, decisões de risco mais assertivas e processos de pagamento menos burocráticos. “O futuro do trabalho em seguros no Brasil passa pela integração da inteligência artificial, que vai permitir não só ganhos internos, mas, principalmente, entregar um serviço melhor para o cliente final”, conclui Patel.

Kelly Lubiato, de São Paulo

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