A Argentina passou a exigir, desde julho de 2025, que todos os visitantes estrangeiros — incluindo brasileiros — apresentem um seguro-viagem com cobertura médica válida como condição de entrada no país. A medida foi oficializada por decreto publicado no Diário Oficial da Argentina em 29 de maio e visa reduzir os custos do sistema público de saúde com atendimentos a turistas.
Diferentemente do Tratado de Schengen, adotado em países europeus, a regulamentação argentina não define um valor mínimo de cobertura. No entanto, especialistas recomendam que os viajantes considerem o custo dos serviços médicos locais e o perfil da viagem para definir o capital segurado mais adequado.
Segundo Anna Angotti, gerente de seguro de vida individual e seguro viagem da Omint, as seguradoras costumam operar com valores mínimos pensados para ocorrências comuns, como gripes ou desconfortos abdominais. “É fundamental considerar o tipo de viagem, se será uma estadia urbana ou envolverá atividades com maior risco, como esqui, para escolher a cobertura apropriada”, afirma.
Dados da Omint indicam que um atendimento de emergência em hospital na América do Sul pode variar entre US$ 3 mil e US$ 5 mil. Angotti reforça que muitos viajantes ainda subestimam a importância do seguro-viagem. “Além de garantir suporte em emergências, ele evita que o viajante arque com despesas inesperadas em moeda estrangeira”, afirma.
A executiva também destaca que, em casos mais graves, como internações hospitalares, a ausência de cobertura adequada pode gerar custos elevados. “Há situações em que o valor de uma consulta médica já supera o custo total do seguro. Por isso, contar com proteção é uma decisão que envolve não apenas segurança, mas também planejamento financeiro”, conclui.
N.G.