Ultima atualização 27 de novembro

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Fenaprevi: Uma nova era da humanidade está começando

XI Forum Nacional organizado pela Fenaprevi discute como viver mais, com qualidade de vida física e financeira, e o papel do mercado
Andrew Scott, no Forum da Fenaprevi sobre longevidade
Andrew Scott

EXCLUSIVO – As recomendações para viver mais, segundo a professora do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, Mayana Katz, são: fazer exercícios físicos, ter uma alimentação saudável e ter alegria de viver. Os impactos da longevidade nos mercados de seguros de pessoas são o tema do XI Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada, promovido pela Fenaprevi.

Passamos por uma transformação acelerada, que precisa ser incorporada pelo mercado de seguros, que olha o histórico dos riscos para precificar seus produtos. Segundo Edson Franco, presidente da Fenaprevi, é preciso estudar como diminuir o déficit previdenciário da população brasileira e vencer as dificuldades que já se apresentam à longevidade, e ainda as futuras. “Somos pessoas comprometidas com o futuro da nação. O desafio é garantir qualidade de vida para quem envelhece e como difundir a educação financeira para que os jovens se preparem para o envelhecimento. O futuro que rapidamente se transforma no aqui agora traz contradição de esperança e medo. Esperança de que o País contribua com a população, e o medo de não ter a adequada preparação para o futuro. As pessoas não podem se lamentar por envelhecer”, sentenciou.

A Fenaprevi encomendou uma pesquisa ao Instituto Datafolha. Franco ressaltou que, segundo o estudo, quem possui seguro se sente mais preparado para o futuro e para os imprevistos. Os relatos nos inspiram a continuar no aprimoramento de produtos e serviços e arcabouços regulatórios, associado à distribuição baseada em assessoria de gerenciamento de risco para contribuir com a sociedade.

Andrew Scott, diretor de Economia no Ellison Institute of Technology e professor de Economia na London Business School, apresentou uma análise sócio econômica do envelhecimento da população global. “Fazendo uma análise econômica padrão, vemos que as populações estão vivendo mais, com queda relevante na taxa de natalidade. Teremos cada vez mais pessoas mais velhas e menos jovens. São 8 bilhões de pessoas, com menos pessoas trabalhando e com crescimento do uso do sistema de saúde. No Brasil, a transição demográfica está acontecendo de forma muito rápida”, reforçou Scott.

O que determina a qualidade do envelhecimento, seja em termos de saúde física, mental, financeira são os quatro I’s: Inventidade, investimentos, invenções e instituições. “Isso tornou as pessoas mais produtivas, por mais tempo, fazendo com que elas aproveitem mais o tempo de que dispõem”, ponderou Scott.

A grande mudança é que os jovens agora têm a perspectiva de envelhecer. “Nós desenvolvemos as políticas e instituições para o envelhecimento de uma pequena parcela da população, oferecendo grandes benefícios. A primeira revolução da longevidade está quase completa. A segunda revolução está para começar, porque precisamos ser mais saudáveis e produtivos ao longo de toda a vida. É tão radical quando mudança climática e IA. Os jovens terão mais tempo a sua frente e é preciso investir mais no futuro, com financiamento, saúde e relacionamentos”, sentenciou o especialista.

Com menos jovens disponíveis no mercado de trabalho, certamente haverá mais oportunidades para os idosos. O desafio é saber como as suas competências vão continuar relevantes para o mercado de trabalho. As empresas acham que as pessoas mais velhas são menos produtivas e é preciso vencer esta barreira.

Voltando à professor Mayana Katz, que estuda o genoma humano há anos, com pesquisas ligadas a pessoas com mais de 100 anos, envelhecer com saúde depende 80% do ambiente e 20% da herança genética. Entretanto, isso muda a partir dos 70 anos, quando a genética começa a ser preponderante. “Por isso, estudamos como os neurônios, os músculos destas pessoas funcionam, para entender como podemos provocar e multiplicar os genes que favorecem esta condição”.

Ela ressaltou que a medicina hoje é baseada nos 4 P’s: preditiva (identifica os riscos poligênicos, riscos futuros de doenças); preventiva (exercício físico, alimentação saudável); personalizada (medicina de precisão); e participativa.

Kelly Lubiato

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