O armazenamento de dados médicos é um desafio para instituições de saúde. As exigências de tempo, espaço e custos têm levado à busca de soluções práticas e vantajosas, como é o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). “Estamos contemplando o futuro e nós, como administradores na área de saúde, precisamos compreender esse avanço. Hoje temos prontuários cada vez maiores, sem locais adequados de armazenamento. Esse é um problema real para todos”, afirma Dr. Cadri Massuda, vice-presidente da Abramge PR/SC.
Massuda lembra que a implementação de um sistema de prontuário eletrônico exige cuidados éticos e legais, mas que, se feito de forma adequada, pode resultar em redução de custos, maior eficiência e melhor qualidade no atendimento aos pacientes. “O PEP é a tecnologia contribuindo para o dia a dia do profissional, que terá informação rápida, de qualidade, consistente e, principalmente, sempre disponível para acesso”, observa.
O presidente da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), Cláudio Giulliano Alves da Costa, afirma que o bom prontuário eletrônico irá dar ao médico a possibilidade de dedicar mais tempo ao paciente, eliminando tarefas burocráticas. “O PEP não é um prontuário digitalizado, em texto livre e sem estrutura. É a reunião organizada e integrada de informações, com sistemas de apoio de decisão e segurança de informação. Por exemplo, um sistema adequado pode alertar ao médico sobre uma interação medicamentosa inadequada”, exemplifica.
Quando avaliado o prontuário convencional, a grande quantidade de papéis não é o único problema. “Um prontuário médico em papel tem diversas limitações, como a ilegibilidade, a baixa mobilidade, a possível ambiguidade de informações, a falta de padronização, a dificuldade de acesso e também de pesquisa de dados”, comenta o presidente da SBIS.
Com toda a facilidade, mais instituições de saúde têm buscado a implantação do prontuário eletrônico. Além disso, essa decisão é respaldada por resultados que a utilização adequada do PEP trouxe para hospitais de todo o mundo, como redução de erros médicos, aumento da produtividade e melhora dos indicadores de saúde. “É o momento de abandonar o papel e reduzir custos, melhorando assim a eficiência e a qualidade do atendimento de saúde. Esse não é mais o futuro, é uma realidade”, avalia Dr. Cadri Massuda.
O presidente da SBIS, em palestra realizada pela Abramge, abordou os aspectos éticos e legais do prontuário eletrônico de paciente. “É fundamental que haja um projeto consistente, que contemple a integração de diferentes áreas e que seja confiável, uma vez que oferecerá aos profissionais da saúde informações cruciais para diagnóstico e tratamento”, observa.
Além disso, ele alerta sobre a segurança, privacidade e confidencialidade de dados. “O prontuário é um documento do paciente e não pode ser violado. Por isso, o sistema deve estar protegido e certificado digitalmente pelos órgãos competentes”, alerta.
Para que as informações contidas no PEP tenham valor legal e sejam válidas, é indispensável a presença da devida certificação digital de segurança, tanto do software utilizado e da pessoa jurídica – instituição de saúde – quanto de pessoa física – médicos e profissionais que assinam os dados.
G.F.
Revista Apólice