Imagina o cenário. Você está curtindo as férias nos parques temáticos da Disney e sente dores abdominais. Procura uma emergência médica e o diagnóstico é apendicite, caso em que uma cirurgia emergencial é necessária. Se você não tem um seguro viagem para cobrir os custos, pode ter que desembolsar 50 mil dólares para resolver o problema, nada menos que R$ 240 mil no câmbio atual.
Mas nem precisamos pensar em um cenário tão drástico para imaginar a dor de cabeça a que qualquer turista está sujeito em viagens ao exterior. Consultas simples para resolver casos de gripe, enjoo, dor de ouvido ou alergias custam, em média, 200 dólares (quase R$ 1.000) nas cidades de Orlando e Miami, mas podem chegar a 430 dólares (R$ 2 mil) em uma cidade como Londres.
Mesmo uma pisada em falso numa calçada de Manhattan ou aquela corridinha para chegar mais rápido a uma montanha-russa na Disney, podem estragar uma viagem dos sonhos. Um tratamento para torção de tornozelo custa 5.500 dólares (mais de R$ 25 mil) em Orlando e Miami e 6.500 dólares (mais de R$ 30 mil) em Nova York.
O levantamento de custos foi feito pela Affinity com base em pagamentos feitos a prestadores de serviços em 15 das cidades mais visitadas por brasileiros no exterior, entre destinos nos Estados Unidos (Orlando, Miami e Nova York), América Latina (Cidade do México, Bogotá, Buenos Aires, Cusco e Tegucigalpa), Europa (Madri, Barcelona, Londres, Paris, Roma e Milão) e Ásia (Bangkok).
Os dados mostram que Bogotá tem os custos mais baixos para as consultas médicas, valor médio de 50 dólares (R$ 240). Mas uma intervenção mais complexa, como a cirurgia de apendicite, pode custar dez vezes mais do que isso. A Cidade do México, assim como Tegucigalpa (em Honduras), tem o custo mais baixo para uma cirurgia de apendicite: 3.500 dólares (quase R$ 17 mil).
Seguro viagem
A pandemia deixou claro que o seguro viagem é uma parte importante do planejamento de qualquer turista, mas o levantamento feito pela Affinity mostra que, independentemente da Covid-19, contratar um seguro é vital para garantir a tranquilidade do viajante. “A pandemia trouxe à tona a importância do seguro, mas é essencial que todos saibam como pode ser oneroso viajar sem uma boa cobertura. Os perigos e imprevistos vão muito além do coronavírus e podem causar prejuízos que a grande parte dos viajantes sequer imagina”, alerta o CEO da empresa, Marilberto França.
Ele ressalta que os preços dos planos baixos em comparação com os valores cobrados nos atendimentos no exterior. “O seguro precisa ser um item indispensável na hora que o brasileiro monta o seu pacote de viagem. Isso está começando a virar realidade, mas ainda está aquém do ideal. Assim como compra sua passagem de avião e reserva a sua hospedagem, o viajante deve cotar o seu seguro”, orienta França.
N.F.
Revista Apólice