Ultima atualização 11 de abril

Seguro Social de Catástrofe é uma das saídas para proteger financeiramente famílias

CNseg apresentou proposta para o aumento alarmante das inundações no Brasil na Cúpula Global de Seguro Sustentável, em Los Angeles

Ontem (10/04), no painel “Não deixando ninguém para trás: Inclusão financeira e fechando as lacunas de proteção frente às mudanças climáticas”, o presidente da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) abriu seu discurso citando que os prejuízos recentes causados pelas chuvas e inundações em cidades do Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro têm sido cada vez mais frequentes no Brasil. Afim de minimizar a tragédia no Brasil, Dyogo Oliveira defendeu a proposta construída pelo setor segurador: o Seguro Social de Catástrofe.

Oliveira explicou que o modelo para seguro social de catástrofe está em debate com o governo brasileiro e com o Congresso Nacional e funcionaria como um instrumento de proteção e amparo financeiro para a população atingida pelos desastres provocados por chuvas, inundações, alagamentos ou deslizamentos.

“Claramente os países menos desenvolvidos e as populações de menor renda terão impacto muito maior que os países ricos e a população com maior renda”, falou durante sua apresentação. “É impossível se pensar em uma resposta única para proteger a população da emergência climática de forma justa. Se quisermos efetivamente não deixar ninguém para trás quanto às mudanças climáticas, é preciso adaptar diferentes estratégias ao contexto de cada país, de cada região”.

No mesmo painel participaram Anais Symenough, advogada da African Risk Capacity; Michael Mendez, professor assistente de políticas ambientais e planejamento na Universidade da Califórnia, Steven Rothstein, diretor-gestor pela Ceres, e Nora Vargas, presidente do Conselho da Prefeitura de San Diego.

Oliveira ressaltou a uma plateia de executivos do mercado segurador, reguladores e acadêmicos de vários países que o Brasil precisa criar programas para enfrentamento das catástrofes, que estão se tornando cada vez mais frequentes. Por isso, disse ele, o Seguro Social de Catástrofe é fundamental porque proporcionará uma indenização emergencial e auxílio funeral para vítimas de calamidades públicas.

O seguro será privado e contratado mediante pagamento mensal de R$ 2 a R$ 3, com cobrança na conta de energia elétrica. A cobertura alcançaria imóveis residenciais localizados em área urbana ou rural. A indenização prevista seria de cerca de R$ 15 mil por residência afetada.

A CNseg desenvolveu o projeto a partir dos dados oficiais que apontam um aumento da população vulnerável, explicou. Apenas como exemplo, em 2010, o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), trouxe à luz um dado preocupante: mais de 8 milhões de brasileiros viviam em áreas de risco. Quatorze anos depois, especialistas estimam que essa população seja de mais de 10 milhões.

N.F.
Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Ads Blocker Detected!!!

We have detected that you are using extensions to block ads. Please support us by disabling these ads blocker.

Powered By
100% Free SEO Tools - Tool Kits PRO