EXCLUSIVO – A campanha Outubro Rosa foi criada em 1990 como uma ação internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, visando compartilhar informações e promover acesso ao diagnóstico e tratamento da mazela. A iniciativa começou nos Estados Unidos, através da união de vários Estados Americanos que promoviam ações voltadas ao combate da doença.
De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), apenas no Brasil, para cada ano do triênio 2023-2025, são estimados 73.610 casos de câncer de mama e 17.010 de colo do útero. No total, mais de 270 mil mulheres serão diagnosticadas com esses dois tipos de tumores. Segundo o Instituto, 18.361 mulheres devem falecer por conta do câncer de mama e 6.606 por consequência do câncer de colo do útero.
Para enfrentar a luta contra o câncer, o seguro de vida pode ser um grande aliado. Atualmente algumas seguradoras passaram a oferecer apólices desenvolvidas especificamente para mulheres, nas quais a segurada recebe o benefício ainda em vida caso seja diagnosticada com a doença, podendo usar o dinheiro para custear o tratamento.
“Contar com um seguro de vida nesse momento pode garantir que, em caso de falecimento da pessoa segurada, os beneficiários recebam uma indenização que pode amparar a família financeiramente. Vale ressaltar que o diagnóstico de câncer afeta não apenas a pessoa diagnosticada, mas também sua família. O seguro pode ser usado de várias maneiras, desde cobrir despesas médicas até quitar dívidas ou garantir o sustento da família, minimizando o impacto financeiro com a perda da segurada. Isso dá aos beneficiários a flexibilidade de usar o dinheiro de acordo com suas necessidades mais urgentes”, afirma Victor Bernardes, diretor de Vida e Previdência da SulAmérica.
Segundo o executivo, a seguradora registrou um aumento de 9% na procura do produto Vida Mulher no último ano. Nesta carteira, a empresa oferece como benefício o “Serviço Médico na Tela familiar”, que permite mais acesso à saúde para mulheres, e consequentemente uma melhor prevenção e tratamentos mais efetivos. “O aumento nos casos de câncer pode ter um resultado significativo no setor de seguros, acarretando em mudanças nos custos, prêmios, produtos e aplicação de avaliação de risco das seguradoras. As seguradoras precisarão se adaptar a essas mudanças para atender às necessidades dos segurados e garantir a sustentabilidade de seus negócios”, diz Bernardes.
Tiago Moraes, head de Produtos Vida, Previdência e Ramos Elementares da Seguros Unimed, ressalta que as mulheres são mais suscetíveis ao desenvolvimento de certas doenças devido a fatores biológicos, genéticos e sociais. “Isso se dá muito também pela intensa carga atribuída a elas: as múltiplas tarefas que precisam desenvolver, a proteção da família, a vida profissional e o cuidado doméstico. Portanto, contar com amparo financeiro em caso de tratamentos e afastamento de suas atividades remuneradas é essencial”.
O executivo afirma que somente neste ano, a Seguros Unimed teve um crescimento de 36% na venda do seguro de Vida Individual. Dessa porcentagem, 50% das contratações que tiveram aumento foram com o público feminino. “Antigamente, o principal provedor financeiro da casa era o homem, mas hoje, as mulheres estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho, se tornando a principal provedora de muitos lares e famílias e buscando produtos que possam garantir sua tranquilidade financeira. A partir desse cenário, acreditamos que esse tipo de produto terá um grande potencial de expansão”.
Na Mapfre, foi notado um aumento de 57% na procura do seguro de vida por mulheres, quando comparado a primeira quinzena de outubro de 2023 com os 15 primeiros dias de setembro deste ano. A seguradora oferece o Vida Você Multiflex, um seguro personalizável para as diferentes necessidades das mulheres. “O seguro de vida não deve ser visto apenas como uma solução em momentos difíceis, mas também como uma ferramenta de prevenção que pode oferecer segurança financeira em situações imprevisíveis, como o diagnóstico de uma doença grave”, diz Hilca Vaz, diretora de Vida e Previdência da seguradora.
Ainda de acordo com o INCA, O câncer de mama e do colo do útero ocupam, respectivamente, a 1ª e 3ª posições no ranking de tipos de câncer que mais acometem o sexo feminino. Hilca afirma que o aumento do número de diagnósticos evidencia a necessidade de proteção para qualquer tipo de situação. “Ou seja, também é importante deixar claro que o segmento vai além da proteção relacionada aos riscos de morte. Considerando o Outubro Rosa, a Mapfre disponibilizou para as seguradas que possuem o programa Cuidando de Você, o check-up feminino com exames, consulta e retorno com um ginecologista por apenas R$ 99”.
Nancy Rodrigues, diretora de Seguros de Pessoas da Tokio Marine, reforça que a cobertura de Diagnóstico de Câncer oferecida pela companhia é feita através do diagnóstico da doença, não sendo necessária a realização de cirurgia para que ela tenha direito à indenização, ou seja, a indenização não está vinculada a nenhum procedimento médico. “Assim, a mulher tem a liberdade de usar o valor da indenização como for melhor para ela. O setor está bastante atento a estas necessidades, e tem reformulado seus produtos para proporcionar mais qualidade de vida aos clientes”.
A executiva ainda diz que as estatísticas de cada tipo de doença auxiliam as seguradoras na precificação dos riscos futuros, permitindo que as empresas adequem seus produtos para atender estas demandas crescentes e que afetam cada vez mais a vida das pessoas. “Nosso foco é ofertar produtos que atendam às necessidades das clientes, oferecendo proteção e segurança especialmente nestes momentos mais críticos e que envolvem tanto questões financeiras quanto emocionais. Para isso, o apoio dos corretores de seguros é fundamental”.
Para Thiago Levy, head do Pilar de Bem-Estar e Saúde da MAG Seguros, para conscientizar que mais mulheres contratem o seguro de vida é preciso que o setor invista em campanhas de conscientização que destacam como um seguro de vida sendo um importante aliado ao longo do tratamento, fornecendo uma segurança financeira em tempos difíceis. “Além disso, as seguradoras podem estar sempre desenvolvendo novos produtos no intuito de aumentar a acessibilidade para este tipo de cobertura. No caso da MAG desenvolvemos a linha WinSocial, que oferece cobertura para pessoas que já passaram por esse diagnóstico e tratamento. Essas iniciativas podem ajudar a superar barreiras e garantir que as mulheres compreendam o valor de um seguro de vida como uma proteção abrangente em sua jornada de saúde”.
Levy também comenta sobre o papel do corretor de levar informação relevante e conscientizar a população sobre a importância do seguro de vida. “Alguns argumentos que usamos na MAG são sobre a importância de pensar a respeito da sua longevidade e saúde financeira. Entendemos ainda que os produtos do pilar bem-estar podem funcionar como uma proteção complementar à saúde do nosso segurado, tanto complementar para quem tem plano de saúde, quanto para aqueles que dependem exclusivamente do SUS”.
Nicole Fraga
Revista Apólice