Ultima atualização 17 de agosto

powered By

FF Seguros alerta sobre mudança para a elegibilidade de seguro agrícola

O novo Zoneamento Agrícola de Risco Climático para a soja alterou a classificação de solos, o que impacta nas cláusulas de aceitação e exclusão de áreas agrícolas nas apólices

A atualização no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura da soja resultou em uma importante mudança na classificação de solos, levando em consideração a disponibilidade de água na terra. Na prática, a nova versão do Zarc passa a valer na safra 2023/24, impactando no planejamento das lavouras e no mercado de seguros.

O Zarc considera análises de riscos com base em séries históricas de dados climáticos e estudos de probabilidade de ocorrências de intempéries no campo, proporcionando recomendações para nortear o manejo. “A inclusão do parâmetro de Água Disponível (AD) tem a intenção de melhorar o zoneamento e detalhar as condições edafoclimáticas, o que tornará essa ferramenta de gerenciamento de risco mais precisa”, opina Fabio Damasceno, diretor de agronegócios da seguradora FF Seguros.

Com a nova classificação de solos, torna-se crucial que os agricultores estejam atentos aos tipos de solos presentes nas áreas que possuem para respeitar a janela recomendada de plantio, que terá início a partir de setembro nas principais regiões produtoras. Além de auxiliar os produtores na mitigação de adversidades climáticas, o cumprimento do Zarc é um requisito para a contratação de seguro agrícola. “Os agricultores precisarão realizar análises de solo ou utilizar os resultados laboratoriais de análises que já possuam para calcular a nova classificação”, alerta Damasceno.

Nova classificação de solos

Anteriormente, a classificação considerava a existência de apenas três tipos de solo, baseados em teor de argila. Agora, o novo Zarc se baseia em uma fórmula mais complexa que considera os percentuais de argila, silte e areia, correlacionados com o índice de Água Disponível no solo.

As novas regras determinam que os solos podem ser divididos em seis categorias e trazem mais complexidade para o planejamento da safra de soja 2023/2024. “A classificação de solo determina a aceitação ou exclusão do seguro, por isso essa mudança também impacta na formatação de contratos. Os solos classificados como AD4, AD5 e AD6 são elegíveis para a contratação de seguro agrícola, enquanto as demais classes são excluídas das nossas apólices”, explica o diretor.

Para a soja, a FF Seguros comercializa o Seguro Multirrisco Grãos, com coberturas contra ocorrências de chuvas excessivas, geadas, chuvas de granizo, secas, ventos frios, raios, incêndios, trombas d’água e ventos fortes. A seguradora vai auxiliar os agricultores e parceiros nesse período de transição para o novo Zarc, colaborando para a melhor tomada de decisões sobre seguros.

“A mudança pode exigir investimentos e um período de adaptação porque o novo Zarc é mais complexo. Porém, acreditamos que tudo isso vai impulsionar melhorias para o manejo de solo e produção de soja, promovendo janelas de cultivo mais assertivas para mitigar os riscos climáticos, além de trazer mais segurança para as operações de seguros”, afirma Damasceno.

Disponibilidade de água

A disponibilidade de água no solo desempenha papel fundamental para o adequado desenvolvimento da soja e maximização dos rendimentos da colheita. Portanto, compreender a nova classificação e adaptar o cronograma de cultivo de acordo com as recomendações do novo Zarc são medidas essenciais para alcançar os melhores resultados produtivos.

A AD é um parâmetro que se refere à capacidade do solo de reter água após a drenagem gravitacional. Ou seja, trata-se do volume de água que permanece na terra para que ocorra a absorção pelas raízes das plantas. Esse recurso impacta na atividade biológica do solo e na capacidade de absorção de nutrientes que as plantas terão ao longo da safra.

Com a adequada classificação do solo e acesso às previsões climáticas, seria possível estimar tendências e melhorar o manejo. Por exemplo, com o início do fenômeno El Niño, espera-se que o índice pluviométrico fique acima da média na região Sul do Brasil. Nesse caso, áreas com solos AD6, de maior capacidade de retenção de água, tendem a sofrer mais com o maior volume de chuvas e a umidade excessiva pode inundar as raízes, o que levaria à falta de oxigênio e podridão. Por outro lado, em solos AD1, com menor capacidade de reter água, as plantas tendem a sofrer mais durante os períodos de secas.

N.F.
Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

AdBlock Detectado!

Detectamos que você está usando extensões para bloquear anúncios. Por favor, nos apoie desabilitando esses bloqueadores de anúncios.

Powered By
Best Wordpress Adblock Detecting Plugin | CHP Adblock