Ultima atualização 20 de julho

Seguro é aliado para reduzir riscos da produção de energia renovável

Tokio Marine reuniu corretores, executivos e especialistas em energia renovável para debater o potencial do setor e a importância do seguro para reduzir riscos

EXCLUSIVO – Para ressaltar a importância do seguro dos sistemas de energia renovável, a Tokio Marine realizou na tarde desta quarta-feira, 19 de julho, no Tokio Marine Hall, em São Paulo, o evento ”Expertise Energia Renovável”. A seguradora reuniu corretores de produtos Pessoa Jurídica, executivos e especialistas no tema para abordarem as mudanças da matriz elétrica brasileira e a proteção para parques eólicos e solares.

Na abertura do evento, José Adalberto Ferrara, presidente da companhia, falou sobre a importância do encontro para reforçar a estratégia da Tokio de ser uma seguradora multiprodutos. ”Temos um portfólio completo para atender todas as necessidades das pessoas e empresas. Nos últimos 12 anos, evoluímos muito em faturamento, com uma média de crescimento anual de 17%. Em 2011, fechamos com R$ 1 bilhão de prêmios. De junho de 2022 até junho deste ano, arrecadamos R$ 11 bilhões. Isso é a prova de que o nosso mercado está constantemente em expansão, o que nos gera diversas oportunidades de negócios e de desenvolvimento de produtos”.

Marisa Maia de Barros, subsecretária de Energia e Mineração da Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, apresentou o Plano Estadual de Energia 2050. Segundo Marisa, o objetivo do plano, que está dividido em duas fases, é mostrar a previsibilidade do setor e atrair investimentos para a região. ”São Paulo representa 30% do PIB brasileiro. A matriz energética da região tem um protagonismo mundial, representando 51,5% do percentual de renováveis do Brasil. Além disso, produzimos 3,0 GW de potência instalada de GD em energia fotovoltáica. Vamos trabalhar com incentivos para fazer com que esses investimentos tenham condições de serem realizados, alavancando o potencial dessa indústria através de políticas públicas e do licenciamento ambiental”.

A especialista também falou que a descarbonização, a descentralização, a digitalização e a diversificação são os vetores de transformação do setor de energia. ”Temos 21 projetos de transição energética em andamento, que juntos representam R$ 16,8 bilhões em investimentos privados e 4.519 empregos gerados. Esses dados mostram a importância e a potência do setor”.

Sandro Yamamoto, diretor técnico da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica) falou sobre os desafios e oportunidades do crescimento da energia eólica no Brasil e outros países. De acordo com o especialista, o mundo encerrou 2022 com 841 GW em capacidade de energia eólica onshore, com o Brasil no sexto lugar no ranking mundial. ”Sabemos que o Nordeste é a região com os maiores ventos do país e do mundo, mas isso não quer dizer que nas outras regiões não existam oportunidades para esse tipo de fonte sustentável. Para tirar as usinas do papel, precisamos do apoio do Governo, consultorias e da iniciativa privada para gerar menos impactos ao meio ambiente. Para se ter noção, 95% da expansão do setor vem do mercado livre”. Sobre os aspectos sociais e ambientais ligados à geração de energia eólica, Yamamoto afirmou que a transição energética é uma oportunidade para a transformação da sociedade brasileira.

A vice-presidente de Geração Distribuída da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), Bárbara Rubim, falou sobre o papel da entidade para o desenvolvimento da cadeia produtiva fotovoltáica. Segundo Bárbara, o Brasil tem crescido no ranking de investimentos em energia solar fotovoltáica. ”A fonte solar fotovoltáica é a que mais gera empregos renováveis no mundo. A média é de 25 a 30 empregos por MW instalado nas áreas de instalação, fabricação, distribuição e desenvolvimento de projetos. Desde 2012, foram R$ 152 bilhões em novos investimentos, R$ 45,1 bilhões em arrecadação de tributos ao pode público e mais de 40,6 milhões de toneladas de CO2 evitadas. Nossa expectativa é terminar o ano com 35 GW de capacidade instalada. Esses dados demonstram, portanto, a importância do mercado e do desenvolvimento de soluções que ofereçam proteção e impulsionem o segmento”.

A especialista ressaltou a importância do gerenciamento e soluções para os riscos de investimentos. ”O alto valor agregado dos módulos fotovoltáicos podem os tornar bastante visados por pessoas má intencionadas, bem como outros possíveis riscos a integridade do equipamento. Há diversos impactos naturais que podem causar danos aos painéis, como vendavais, granizo, desmoronamentos e incêndios de diversas origens. As crescentes taxas de criminalidade também são um risco associado a esse tipo de investimento, o qual o seguro busca contornar”.

Lucas Becker, Country Manager da Clir Renewables, reforçou como as mudanças climáticas impactam o mercado de energia. De acordo com o executivo, parte da solução para esse problema é triplicar o número de investimentos no setor. ”Entretanto, o risco é o nosso grande inimigo. Temos muitas suposições na fase de projeto e há a falta de transparência na operação. Além disso, dados são utilizados fora de contexto no momento da subscrição. Nesse sentido, enxergamos a necessidade do desenvolvimento de novos modelos que ajudem a estruturar de uma forma inteligente essas informações. Parcerias são fundamentais para a produção de uma energia sustentável eficiente, pois 75% dos sinistros relacionados à energia eólica e solar podem ser evitados. A solução não é aumentar o prêmio da apólice do cliente, mas reduzir os riscos analisando o seu perfil de forma correta”.

O diretor executivo de Produtos Pessoa Jurídica da Tokio Marine, Felipe Smith, encerrou o evento falando sobre os riscos de implementação e operacional nos projetos de energia sustentável, e quais coberturas a empresa oferece para o segmento. ”Apesar de complexo, os corretores de seguros devem se especializar nessa área. Hoje pudemos ver o potencial desse mercado, e para garantir o futuro da energia limpa precisamos oferecer soluções, que apesar de complexas, atendam as necessidades de todos os agentes do setor. O nosso produto, o Seguro Energia Sustentável Integrada, cobre riscos da construção e operação dessas usinas. Além disso, oferecemos o serviço de consultoria de risco da Clir, pois apostamos no gerenciamento de risco para proteger o segurado e a nossa operação, garantindo uma melhor performance”.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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