Ultima atualização 30 de junho

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Para promover diversidade e inclusão, mercado de seguros deve apostar na conscientização

A CNseg promoveu um webinar para trazer informações a respeito da comunidade LGBTQIAPN+ e a importância da diversidade no setor

EXCLUSIVO – Para celebrar o mês do Orgulho LGBTQIAPN+, a CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) realizou na manhã desta quinta-feira, 29 de junho, o webinar “Diversidade em Seguros: a inclusão LGBTQIAPN+”. Além dessa iniciativa, a entidade promoveu durante o mês todo ações que visam conscientizar e informar a sociedade a respeito desta comunidade. A abertura do evento foi feita por Dyogo Oliveira, presidente da Confederação.

“A indústria de seguros tomou um caminho de compromisso com a inclusão e diversidade, com o reconhecimento da necessidade de ações concretas para que ocorram mudanças dentro das empresas. Como uma entidade representativa do setor, a CNseg tem um papel fundamental para assegurar que cada vez mais companhias do mercado abracem esse tema e adotem estratégias que garantam a participação do público LGBTQIAPN+ no segmento”, disse Oliveira.

Recentemente, a Confederação lançou um guia sobre Nome Social. A cartilha traz conteúdos sobre como o diploma legal garante o uso do nome social no âmbito da administração pública, como os players de mercado podem tratar as informações do segurado e estratégias para garantir este direito. Além disso, a entidade criou um comitê de Diversidade, Equidade e Inclusão, que é composto por 40 profissionais de diversos cargos e segmentos de seguros, para fomentar ações mais igualitárias e que atendam às necessidades de grupos sub-representados.

Ana Paula de Almeida Santos, diretora de Sustentabilidade e Relações de Consumo da CNseg, também ressaltou durante o evento a importância de medidas como essa para garantir que toda a população seja atendida pelo setor. “Se a gente não assegurar que todas as pessoas participem do nosso mercado, estamos fazendo algo de errado. O seguro tem um papel social importantíssimo, por isso devemos propagar o quão a inclusão e a diversidade são necessárias para o nosso segmento e a sociedade”.

O webinar contou com a participação de Gabriela Augusto, fundadora da Transcendemos Consultoria em Diversidade e Inclusão, que contou um pouco da sua história como mulher trans e os desafios do mundo corporativo. “A transição de gênero, apesar de libertadora, nem sempre foi fácil. Quando estava procurando emprego, as empresas que sonhava em trabalhar não tinham colaboradores que se pareciam comigo, e isso me fez pensar que não seria possível estar nesses lugares”.

Para mudar essa realidade, em 2016 Gabriela escreveu o livro “Manual Empresa de Respeito”, que ensinava como as organizações podiam promover a diversidade e inclusão. “Fui em várias empresas distribuir esse manual de graça, mas a grande maioria delas não viam valor naquilo que eu estava defendendo. Foi ai que eu fundei a Transcendemos, que ajuda companhias a implementar um plano de ação de inclusão e diversidade em seus quadros de colaboradores. Já atendemos mais de 320 grandes corporações na América Latina”.

Trazendo a visão do regulador, Domício Neto, coordenador-geral de Planejamento, Gestão de Pessoas e Documentos na Susep (Superintendência de Seguros Privados), abordou a importância de uma regulamentação inclusiva. “A Resolução 382/20 da Susep fala sobre a necessidade de conferir tratamento adequado aos consumidores do setor. Entretanto, não há uma lei que obrigue empresas a incluir o nome social do cliente em uma apólice de seguro, por exemplo. Contudo, se não por uma norma, acredito que as supervisionadas estão pensando nesse tema até por uma questão de oportunidade de mercado”.

Rafaela Laerte, analista sênior de DEIP (Diversidade, Equidade, Inclusão & Pertencimento) & Desenvolvimento Organizacional da Zurich, comentou sobre como a empresa vem investido em estratégias que afastem o estigma de que o mercado é conservador. “Fomos a patrocinadora oficial da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, e para que isso acontecesse tivemos que buscar o apoio do comitê executivo. Enquanto companhia, temos o propósito de informar os colaboradores sobre o tema e, cabe a eles, colocar em prática os ensinamentos. Uma equipe mais diversa e inclusiva gera um melhor desempenho para o negócio, desenvolve produtos e serviços mais completos e colabora para a expansão do setor”.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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