A CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) revisou a estimativa de expansão do mercado segurador para 2023, ampliando em 0,2 p.p. a arrecadação do setor, passando de 10,9% para 11,1%. O movimento é acompanhado pela melhora de indicadores econômicos, como PIB no trimestre, 2,2%, e o ciclo de queda dos juros, de 12,75% até dezembro.
Dos segmentos que formam o mercado consolidado, o de Danos e Responsabilidades projeta, no ano, uma expansão de 18,2%; o de Cobertura de Pessoas, 8%; e a Capitalização, 5,2%.
O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, destaca o desempenho positivo dos seguros de Automóvel, que estima crescimento de 23,4%, e do Rural, com a expectativa de alta de 20%. “Ambos devem manter o desempenho positivo, ainda que com taxas não tão altas como as de 2022, pois é esperado um movimento de ajuste pelo efeito estatístico de comparação de base, mas com a manutenção da busca por proteção”. Além destes, o Habitacional projeta crescimento de 12,7%, Crédito e Garantia, 15%, e os Planos de Acumulação em Cobertura de Pessoas, 8,2%.
Do período já realizado, o setor segurador acumulou, no primeiro trimestre, R$ 90,4 bilhões em arrecadação, alta de 10,2% sobre o primeiro trimestre de 2022. Na mesma métrica, o segmento de Danos e Responsabilidades cresceu 17,8%, o de Cobertura de Pessoas, 6,9%, e o de Capitalização, 5,3%. No acumulado dos 12 meses móveis, o mercado segurador mostrou expansão de 14,8% até março de 2023, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, movimentando R$ 364,2 bilhões em prêmios de seguros, contribuições em previdência privada e faturamento de capitalização.
Para Oliveira, o monitoramento das expectativas dos diversos agentes econômicos ajuda a explicar, pelo menos em parte, os resultados do setor de seguros. “Os resultados de março indicam que a confiança de empresários, da indústria e do consumidor voltou a crescer por conta da possibilidade de melhora do ambiente econômico no segundo semestre do ano”, explica.
Para 2024, foi projetado o crescimento de 13% para o segmento de Danos e Responsabilidade, com destaque para Responsabilidade Civil (17,9%) e Automóvel (17,7%); 7,8% para Cobertura de Pessoas, que foi alavancado pelo ramo de Vida (10%); e 10,9% em Capitalização.
As projeções de arrecadação do mercado segurador para o ano foram elaboradas, considerando o cenário e as expectativas econômicas, baseadas nas projeções de mercado compiladas pelo Relatório Focus do Banco Central do Brasil e de modelos estatísticos.
N.F.
Revista Apólice