Ultima atualização 16 de maio

IRB Brasil RE registra lucro líquido de R$ 8,6 milhões no 1º TRI

Em linha com a estratégia de subscrição, o prêmio emitido total caiu 21% ante o mesmo período de 2022, alcançando R$ 1,6 bilhão
resseguros
(FOTO: Marcos Santos/USP Imagens

O IRB Brasil RE apurou lucro líquido de R$ 8,6 milhões no primeiro trimestre de 2023. Os números divulgados ontem, 15 de maio , apontam evolução contínua dos resultados do ressegurador, com retorno à lucratividade após três trimestres consecutivos de prejuízos líquidos e sete trimestres consecutivos de prejuízos de subscrição. O resultado positivo inclui o acordo de R$ 25,4 milhões com o United States Justice Department (DoJ), que pôs fim à possibilidade de processo pela veiculação de informação inverídica nos EUA.

“Iniciamos 2023 fazendo o nosso dever de casa, acelerando as mudanças internas, buscando eficiências e estreitando o relacionamento com os nossos clientes. O primeiro trimestre mostra a direção em que a companhia está seguindo, com retorno à lucratividade. Até o fim de junho, nosso processo de turnaround estará concluído. Com estrutura mais ágil e eficiente, a empresa seguirá com foco na disciplina financeira, excelência na subscrição e agilidade na execução, com metas simples e claras”, comenta Marcos Falcão, CEO da companhia.

Desconsiderando o efeito não-recorrente do acordo com as autoridades americanas, o lucro líquido normalizado no primeiro trimestre desse ano foi de R$ 34 milhões. No primeiro trimestre de 2022, o IRB Brasil RE reportou lucro líquido de R$ 80,5 milhões, com impactos não-recorrentes de ganhos de ações judiciais e operação de LPT (Loss Portfolio Transfer). O resultado líquido normalizado, na ocasião, foi negativo em R$ 54,5 milhões.

Resultado de subscrição positivo

Após sete trimestres, o resultado de subscrição da empresa foi positivo em R$ 3,7 milhões no primeiro trimestre de 2023, ante prejuízo de R$ 96,4 milhões no mesmo período no ano passado. Vale destacar que, neste trimestre, houve reversão do resultado de subscrição no Brasil, que passou de R$ 113 milhões negativos no primeiro trimestre de 2022 para R$ 15,8 milhões positivos no primeiro trimestre de 2023. No exterior, o movimento foi inverso, com o resultado de subscrição apresentando perda de R$ 12,1 milhões, comparada a um resultado positivo de R$ 16,5 milhões no primeiro trimestre do ano passado.

“O resultado apresentado reflete os ajustes realizados no portfólio da companhia, e são consequência do direcionamento estratégico de diluição de riscos e redução das exposições, visando uma carteira de qualidade e com rentabilidade. Seguimos com a meta de alcançar 80% do nosso portfólio no Brasil, reforçando nossos diferenciais competitivos, e completando o portfólio com 15% em prêmios emitidos na América Latina e 5% em outros mercados. Nos três primeiros meses do ano, renovamos 88% dos contratos que desejávamos reter e reforçamos a proximidade com os nossos clientes”, afirma Daniel Castillo, vice-presidente de Subscrição do IRB Brasil RE.

Em linha com a estratégia de subscrição, o prêmio emitido total caiu 21% no primeiro trimestre desse ano ante o mesmo período de 2022, alcançando R$ 1,6 bilhão. Nos três primeiros meses de 2023, a participação de negócios firmados no Brasil teve alta na base anual, alcançando 64% do portfólio. Em relação ao volume, houve recuo de 19% na comparação com o primeiro trimestre de 2022, para R$ 1 bilhão. O prêmio emitido no exterior, que representou 36% do portifólio, totalizou R$ 577 milhões no primeiro trimestre de 2023, o que representou queda de 25% em relação ao mesmo período em 2022.

Índice de sinistralidade fecha em 77,3%

No primeiro trimestre de 2023, o IRB Brasil RE registrou R$ 933 milhões em sinistro retido total, em linha com o verificado no mesmo período no ano passado. O índice de sinistralidade total nos três primeiros meses do ano foi de 77,3%, apresentando uma redução de 3,7 p.p. ante o mesmo trimestre do ano anterior, com 81%.

“Nesse trimestre, o índice poderia ser ainda melhor, não fosse o repique de sinistros registrados pelo segmento de vida no exterior, decorrentes de contratos não renovados, e pelo ramo de aviação, tanto nos negócios domésticos como nos provenientes do exterior. Importante registrar que não tivemos efeitos relevantes no segmento do agro e pouquíssimos sinistros referentes à Covid-19, em vida”, diz Wilson Toneto, vice-presidente Técnico e de Operações do IRB Brasil RE.

Em linha com o esforço de negociação de comissões e preços, a companhia melhorou o índice combinado, que considera sinistralidade, comissionamento e demais custos, em 7,7 pontos percentuais (p.p.), passando de 118,6% no primeiro trimestre de 2022 para 110,9% no primeiro trimestre desse ano.

Resultado financeiro positivo em R$ 146 milhões

O resultado financeiro e patrimonial do IRB Brasil RE no 1T23 foi positivo em R$ 146 milhões, apresentando um decréscimo de 44% em relação ao mesmo período de 2022, principalmente devido ao efeito não-recorrente de ganhos provenientes de ação judiciais (R$ 150,2 milhões) no primeiro trimestre do ano passado. Desconsiderado esse efeito, haveria um incremento de 35% nos três primeiros meses de 2023.

O caixa consumido nos três primeiros meses do ano totalizou R$ 411,2 milhões, comparado a um consumo de caixa de R$ 288,1 milhões no primeiro trimestre de 2022. O consumo de caixa nesse trimestre deu-se, principalmente, pelo maior volume de pagamento de sinistros e maior repasse de prêmios por cessão de riscos, a retrocessão.

As despesas gerais e administrativas, no primeiro trimestre de 2023, totalizaram R$ 88 milhões, com incremento de 25% em relação ao mesmo período no ano passado. Se excluir o acordo com as autoridades americanas, que impactou a despesa administrativa em R$ 25,4 milhões, haveria uma redução na despesa de 11%. O índice de despesa administrativa, excluindo este acordo, seria de 5,2% no primeiro trimestre de 2023, em linha com o índice de 5,1% no primeiro trimestre de 2022.

Suficiência nos indicadores regulatórios

O IRB Brasil RE deve observar dois indicadores regulatórios, conforme dispõe normativo da Susep (Superintendência de Seguros Privados): Índice de Suficiência de Patrimônio Líquido Ajustado em relação ao Capital Mínimo Requerido e o Índice de Cobertura de Provisões Técnicas. Em 31/03/2023, a companhia apresentou suficiência em ambos os índices.

“Nosso patrimônio líquido ajustado (PLA) correspondeu a 105% do capital mínimo requerido (CMR) em 31/03/2023, enquanto o indicador de cobertura de provisões técnicas apresentou suficiência de R$ 239 milhões. Este último indicador era de R$ 17 milhões em março de 2022. Vale acrescentar que a solvência total, em 31/03/2023, se apresentou em patamares compatíveis com grandes players internacionais: 260%”, informa Thais Ricarte Peters, diretora de Controles Internos, Riscos e Conformidade da empresa.

A Análise de Desempenho completa está disponível no link.

N.F.
Revista Apólice

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