Pesquisas da ANAB (Associação Nacional das Administradoras de Benefícios) vêm identificando um comportamento comum entre beneficiários de planos de saúde: a maioria considera o benefício bastante valorizado, quem o utiliza tem medo de perder e 47% dos beneficiários precisou ajustar o orçamento para mantê-lo no último ano. Não à toa, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) acabou de divulgar dados sobre o número de consultas ao exercício da portabilidade de carências: foram mais de 300 mil ao longo de 2022, sendo 39% de consumidores interessados num plano de saúde mais barato.
“Para não perder o acesso ao benefício, uma das alternativas das famílias é exercer a portabilidade de carências, medida que permite a mudança de plano mais em conta, sem perder as coberturas necessárias e sem a necessidade de cumprir novos prazos para utilização dos serviços, explica Alessandro Acayaba de Toledo, advogado especialista em Direito e Saúde e presidente da ANAB.
Muitos consumidores, no entanto, não sabem muito bem como exercer esse direito. Pensando nisso, a ANAB disponibilizou em seu site o Guia de Portabilidade dos Planos de Saúde, um material didático e gratuito com todas as informações necessárias para o beneficiário solicitar a mudança e também utilizar a regra para melhor
gestão financeira de seu orçamento pessoal ou familiar.
“Ter plano de saúde hoje é um dos maiores desejos de consumo do brasileiro, atrás apenas da casa própria e de educação. Enquanto o número de novos beneficiários cresce, vemos também uma parcela de pessoas que buscam uma solução para manter o plano, especialmente em virtude do preço”, aponta Toledo.
Procurando auxiliar o consumidor a buscar benefícios mais adequados ao seu perfil e orçamento, as administradoras de benefícios têm criado junto às operadoras produtos para atender quem tem interesse em manter no serviço e reduzir os valores da mensalidade, com o atendimento de redes médica-hospitalares de alcance regional, com foco em necessidades locais; e por parcerias com operadoras verticalizadas, que possuem seus próprios locais de atendimento ao paciente.
“Nos últimos 10 anos, a atuação das administradoras de benefícios gerou uma economia de mais de R$ 7 bilhões. Um valor que representa a diferença entre o reajuste anual pedido pelas operadoras e o efetivamente cobrado dos clientes após a atuação dessas empresas na negociação em prol dos consumidores”, acrescenta Toledo.
N.F.
Revista Apólice