A Susep (Superintendência de Seguros Privados), representada pelo superintendente Alexandre Camillo e pelo analista técnico Gustavo Caldas, participou da Conferência Anual 2022 da IAIS, que recebeu mais de 350 participantes de 60 países em Santiago do Chile, de 10 a 11 de novembro. A IAIS (International Association of Insurance Supervisors) tem como missão da IAIS promover uma supervisão eficaz e globalmente consistente da indústria de seguros, a fim de desenvolver e manter mercados de seguros justos, seguros e estáveis para benefício e proteção dos segurados e contribuir para a estabilidade financeira global.
Os congressistas participaram de ricas conversas, explorando o cenário em mudança e o papel do setor de seguros para enfrentar os desafios econômicos e sociais emergentes. Diversidade, equidade e inclusão; mudanças nas preferências do consumidor; os riscos macroeconômicos que afetam o setor; os impactos dos riscos climáticos e a implementação do Insurance Capital Standard (ICS) foram os focos do palco principal.
Várias reuniões paralelas também foram organizadas, incluindo um workshop conjunto IAIS-Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre solvência baseada em risco, uma sessão de almoço da Access to Insurance Initiative (A2ii) sobre as conclusões de seus laboratórios de inovação e uma sessão apresentando mulheres líderes em seguros e supervisão e suas experiências.
Riscos Macroeconômicos
Gustavo participou como palestrante no painel sobre Riscos Macroeconômicos, junto a Kate Chiew, diretora de Riscos do Grupo Great Eastern; Peter Giger, diretor de Risco do Grupo Zurich; Sean Ringsted, vice-presidente Executivo, diretor Digital e diretor de Risco do Grupo Chubb; e Suzette Vogelsang, especialista Sênior do Setor Financeiro e Seguros do Fundo Monetário Internacional. O painel foi moderado pelo presidente do Comitê Macroprudencial da IAIS e Chefe de Políticas Prudenciais de Seguros do Banco Nacional da Bélgica, Dieter Hendrickx.
No início do painel, Suzette estabeleceu o cenário do mercado, fornecendo uma perspectiva macroeconômica sombria, marcada pelo aumento da inflação e da volatilidade do mercado, com o aumento das taxas básicas de juros e resultados corporativos pessimistas.
Os palestrantes destacaram a necessidade de um forte monitoramento pelos supervisores dos riscos de crédito e liquidez neste período de maior incerteza e interconectividade. Com as recordes taxas de inflação impactando os volumes de negócios e as coberturas de seguros, foi enfatizada a necessidade de um fluxo de caixa sólido e uma boa gestão de reservas de obrigações.
Dada a incerteza prolongada, os membros do painel concordaram que é vital que as seguradoras estejam preparadas e que os supervisores mantenham a simplicidade, levando em consideração as diferenças existentes no mundo.
“Foi realmente importante haver essa discussão sobre os principais riscos que o mercado necessariamente vai enfrentar ao longo do próximo ano, uma “tempestade perfeita” que pode combinar inflação alta, riscos climáticos e cibernéticos e uma provável recessão. Mas nosso setor é o especialista em riscos, e por isso precisa assumir seu papel macroeconômico nesse sentido.”, afirma Gustavo.
O vídeo da apresentação está disponível neste link.
N.F.
Revista Apólice