Ultima atualização 01 de novembro

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Procura por seguro automóvel cresce quase 30% em setembro

De acordo com o Índice Neurotech de Demanda por Seguros, o Rio Grande do Sul foi a região onde as pessoas mais buscaram pelo produto

EXCLUSIVO – Segundo o INDS (Índice Neurotech de Demanda por Seguros), o seguro automóvel cresceu 29,90% em setembro quando comparado ao mesmo mês em 2021. Indicador mede mensalmente o comportamento e o volume das consultas na plataforma da empresa. De acordo com a plataforma da insurtech, todas as áreas cobertas pelo INDS apresentaram crescimento na mesma comparação dos últimos 12 meses.

Arnaldo Bechara

“O aumento dos valores dos veículos pode ter afetado a demanda por seguros. A reposição do bem e um eventual reparo ficou mais caro no último ano por conta da inflação e falta de componentes. Porém, o seguro continua sendo fundamental nesse auxílio financeiro aos nossos clientes. No cenário atual, a circulação de veículos está próxima aos volumes pré-pandemia. Muitas empresas voltaram ao modelo de trabalho presencial de forma integral ou híbrida, o que contribuiu para o aumento da demanda por coberturas de colisão e roubo”, afirma Arnaldo Bechara, diretor de Automóvel RD Massificados e Precificação da Tokio Marine.

Na seguradora, no acumulado de 2022, a procura aumentou os mesmos 29% do INDS, porém foi registrado um crescimento também para motos, caminhões e outros veículos. Além disso, a sinistralidade da carteira da companhia aumentou 6% em noves meses quando comparado ao mesmo período em 2021. “O ano de 2022 tem sido muito desafiador em termos de sinistralidade. A queda nos índices de contaminação pela Covid-19 ajudou a população a retomar a circulação, o que colaborou para o aumento rápido nas frequências de sinistros e afetou todo mercado. O aumento nos valores dos veículos também foi outro fator que empurrou os valores de sinistros pagos para cima”, diz Bechara.

O ranking por Estados em que o seguro automóvel mais cresceu, segundo o INDS, ficou da seguinte forma: Rio Grande do Sul (34,21%); São Paulo (23,71%); Minas Gerais (23,37%); Rio de Janeiro (19,8%) e Paraná (15,85%). Entretanto, em relação a agosto deste ano, todas as regiões analisadas apresentaram números negativos, com o indicador nacional registrando queda 11,89%.

João Merlin

Na Zurich, o seguro automóvel vem crescendo devido à expansão da atuação comercial da seguradora (42%), melhorias de processos (14%) e maior retenção de clientes e aumento do prêmio médio (23%). A companhia conseguiu um crescimento de 79,2% no volume de prêmios. Desse total, aproximadamente 24% é de renovação e 8% de veículos novos. “O Brasil está retomando o crescimento econômico com bastante solidez, mas hoje ainda nos deparamos com níveis de preço superiores que os preços pré-pandemia, sobretudo devido à inflação. Por isso, a companhia faz questão de reforçar as facilidades de pagamento que oferece aos clientes de automóvel”, afirma João Merlin, superintendente de Automóvel da empresa.

De acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), somente no segmento de carros de passeio e utilitários leves (picapes e vans, por exemplo) as vendas cresceram 26,8% em setembro no comparativo interanual, somando 180,4 mil unidades vendidas no mês passado. Para Bechara, o mercado de seguros deve saber reconhecer e identificar os diferentes públicos de consumidor e, assim, ofertar o produto mais adequado para nossos clientes. “O corretor é a pessoa mais indicada para identificar a necessidade e o perfil do cliente que está em busca de um seguro de automóvel. Nós queremos dar a eles a tranquilidade e a diversidade de produtos para suprir as diferentes demandas”, reforça.

O INDS também trouxe as taxas de aumento da procura pelo seguro automóvel por faixa etária. Segundo o indicador, os idosos foram os consumidores que mais procuraram pelo produto no mês de setembro (+39,42% na comparação com setembro de 2021). Já Os motoristas entre 40 e 59 anos demandaram 32,65% a mais e de 25 a 39 anos 18,89%. “É muito importante disponibilizarmos diferentes formas de atendimento para os diferentes públicos. Temos ferramentas para atender o cliente com o perfil mais digital, que se comunica com a seguradora pelo aplicativo, assim como o consumidor que prefere o atendimento pelo contact center. O importante é deixar as opções disponíveis e de fácil acesso para toda a base de segurados”, diz Bechara.

Merlin ressalta que, devido às mudanças nos hábitos de consumo, os clientes estão necessitando cada vez mais de um profissional que possa oferecer um bom serviço de consultoria em seguros, o que gera uma oportunidade para os corretores expandirem suas carteiras. “Nesse contexto, o corretor que está atento às demandas do consumidor pode exercer com cada vez mais propriedade essa função de consultor, analisando o contexto de cada cliente e ofertando produtos de acordo com as necessidades deles”.  

Nicole Fraga
Revista Apólice

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