Ultima atualização 16 de setembro

Mercado de saúde deve incorporar critérios ESG para ampliar acessibilidade

No 26º Congresso Abramge, executivos do setor se reuniram para debater a importância do setor estar conectado com as questões ambientais, sociais e de governança corporativa

EXCLUSIVO – Para reforçar a importância dos critérios ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança corporativa) no planejamento do mercado de saúde, a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) promoveu uma palestra sobre o tema no 26º Congresso Abramge em São Paulo, no Hotel Rosewood. Na manhã desta sexta-feira, 16 de setembro, a entidade reuniu especialistas do setor para refletirem sobre ações que reduzam os impactos das atividades no meio ambiente e que colaborem com a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.

Neste ano, o tema principal da conferência foi “Ecossistemas, Acesso e Sustentabilidade na Saúde Suplementar”. No painel “Como pensar ESG em Saúde”, Rosana Jatobá, âncora da Rádio CBN e apresentadora do CBN Sustentabilidade, conduziu um debate com os convidados Juliana Caligiuri, vice-presidente da SulAmérica Saúde & Odonto; Carlos Ferreira, diretor e membro do board do grupo Athena Saúde; e João Alceu Amoroso Lima, VP de ESG da HapVida Notredame Intermédica.

Os executivos apresentaram cases das empresas e explicaram como o segmento enxerga a tendência do ESG. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), os impactos das mudanças climáticas na saúde entre 2030 e 2059 serão responsáveis por 250 mil mortes adicionais por ano devido à doenças como desnutrição, malária, diarréia e até mesmo estresse por calor ou ondas de frio. Atualmente, somente a poluição mata mais de 7 milhões de pessoas por ano. De acordo com a entidade, os custos diretos para o setor de saúde serão de cerca de U$ 2 bilhões a cada ano até 2030.

Focando em promover o acesso à Saúde Integral, a SulAmérica lançou o Instituto SulAmérica para auxiliar pessoas em situação de vulnerabilidade social e disponibilizando informações e serviços de cuidado da saúde emocional, física e financeira. “Iniciativas como essa geram diversas mudanças nos antigos modelos de governança e criam ações mais efetivas, por meio de programas de atenção primária e cuidados coordenados, para ampliar o acesso e trazer mais qualidade e benefícios para o mercado de saúde, tanto público quando privado, e a sociedade brasileira”, disse Juliana.

Lima ressaltou a importância da tecnologia no cuidado com o meio-ambiente. “Com a telemedicina, por exemplo, podemos dar acesso a um médico em qualquer lugar do país e alcançar regiões que antes não eram atendidas e a população sofria, evitando o deslocamento do paciente até o hospital. Através dessa ferramenta, mais pessoas serão impactadas positivamente e terão uma assistência médica de qualidade”. Segundo ele, a HapVida Notredame Intermédica incluiu no seu planejamento estratégico investimentos em inovação e pesquisas em saúde, o que possibilita a operadora a melhorar a qualidade no atendimento ao cliente.

Pensando no pilar social, a Athena Saúde tem seu quadro de colaboradores composto por 73% de mulheres. Para Ferreira, um dos desafios do setor é a conscientização das operadoras e seguradoras sobre a prevenção e governança para manter a sustentabilidade dos negócios. O executivo reforçou que o foco das empresas deve estar em facilitar o acesso aos planos de saúde. “A solução está em ter uma governança estruturada para alcançar o beneficiário e criar uma relação de confiança. Nós sabemos fazer um negócio sustentável, mas o Brasil precisa investir em um programa de qualidade, pois temos uma população envelhecendo e que irá precisar dos nossos serviços”.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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