EXCLUSIVO – Dados do Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor revelaram que, em maio, o Brasil bateu o recorde com 66,6 milhões de inadimplentes, o maior desde o começo da série histórica iniciada em 2016. Comparando com 2021, o país registrou um aumento de 4 milhões de nomes negativados, conforme demonstrado no gráfico abaixo.
A análise do Serasa apontou que o maior volume de dívidas negativadas está no segmento de bancos e cartões, com 28,2% do total. Em seguida estão as contas básicas como água, luz e gás agrupadas na área de Utilities, com 22,7%. Em terceiro lugar ficam os setores de varejo e financeiras, com 12,5% cada um. Para evitar situações desagradáveis e ficar com o nome sujo, o consumidor pode optar pela contratação do seguro prestamista, produto que auxilia nos momentos em que o segurado está passando por uma dificuldade financeira.
Esse seguro cobre a quitação de dívidas junto às instituições financeira, em caso de morte ou invalidez do segurado, empréstimos pessoais e consignados, prestações de consórcios, dívidas de cartões de crédito e relativas a crédito estudantil, além de cobertura de cheque especial ou de saldos em aberto em crediários e financiamento de bens e outros compromissos que envolvam crédito financeiro, conforme as condições estabelecidas no contrato. A quitação do produto pelo consumidor final pode ser feita por meio de pagamentos mensais ou únicos.
“O seguro prestamista é essencial para a preservação da capacidade financeira do segurado e de seus beneficiários em caso de morte, invalidez permanente total por acidente, desemprego involuntário e incapacidade física temporária. Ele atua como um aliado na manutenção do equilíbrio financeiro pessoal e familiar do segurado, garantindo o pagamento de empréstimos e dívidas, evitando uma possível inadimplência. Dessa forma, uma pessoa que pede um empréstimo e venha a perder o emprego antes de quitar a dívida, por exemplo, pode procurar por uma recolocação no mercado com mais tranquilidade, pois sabe que poderá contar com esse suporte financeiro”, diz Ricardo Campos, superintendente executivo da Bradesco Vida e Previdência.
Patrícia Soeiro, superintendente de Vida e Parcerias da AXA no Brasil, afirma que para conscientizar as pessoas sobre a importância desse produto, é preciso que o mercado invista na educação financeira e elabore ações que fomentem a cultura do seguro no Brasil. “Falando especificamente sobre o seguro prestamista, aqui na companhia investimos em treinamento e materiais de apoio para quem está na ponta (equipe de vendas dos parceiros) e tem contato direto com os consumidores, para que eles tenham todas as informações para tomarem a decisão de compra”.
A executiva comenta sobre a forma de distribuição do produto, que geralmente é feita no momento em que o consumidor está fazendo uma dívida, seja através da contratação de um crédito ou quando faz um parcelamento. Patrícia acredita que a tendência será inserir o seguro prestamista na jornada de compra do cliente. “O corretor pode entender possíveis possibilidades de parcerias nesse sentido, em oportunidades de negócios B2B2C. Na AXA, temos uma postura de co-criação para entender junto com os corretores e o parceiros como formatar a melhor solução para cada caso”.
Campos ainda ressalta que, através da capacitação, os corretores de seguros podem aproveitar a oportunidade para expandir a carteira de clientes ofertando esse produto, atuando, assim, como consultores de benefícios. “As pessoas têm a necessidade de ouvir de um especialista aquilo que de fato lhes atende. Não por conta da meta de uma empresa, mas em função, única e exclusivamente, da sua necessidade. Por isso a importância de se informar sobre o assunto, para que esses profissionais possam orientar as empresas e a população em geral”.
Nicole Fraga
Revista Apólice