Ultima atualização 25 de maio

Sérgio Ribeiro: 30 anos de mercado e novas perspectivas

Em abril, depois de quase 20 anos na Brasilseg, empresa do Banco do Brasil, encerrei o meu ciclo. Durante este período, ocupei posições executivas e estratégicas e implementei iniciativas que foram fundamentais para aumentar o volume dos prêmios, quantidade e posse dos clientes do Banco do Brasil. Também fui responsável por elevar o NPS dos segurados, assim como a satisfação e conveniência do distribuidor, o tempo médio de permanência, a rentabilidade, Lucro Líquido e a diminuição do churn.

Apesar de todos os avanços, quando olhamos a inserção da população no setor é possível ter ideia da dimensão que ainda temos para percorrer. Apenas 30% da base potencial segurável em automóvel conta com proteção – enquanto no Vida e no Residencial esse número é de apenas 15%. Para dispositivos eletrônicos este índice não deve chegar a 5%”, analisa.

De outro lado, percebemos grandes evoluções no segmento, especialmente, quando analisamos os seus números. Estima-se que os prêmios diretos em 2001 eram de R$ 24 bilhões. Em 2015, esse número passou para R$ 184 bilhões. Já em 2021, o mercado de seguros arrecadou aproximadamente R$ 306,21 bilhões, crescimento de 11,8% em relação a 2020. Embora os índices sejam de dar inveja, entendo que o setor ainda tem um potencial de crescimento enorme, o que reforça o empreendedorismo e a vontade de realização que carrego comigo.

Talvez esse traço de empreendedor eu tenha herdado do meu pai que era gestor de vendas e sempre estava preocupado em se tornar a melhor referência para todos. E é um pouco disso que estamos falando, pois para fazer um bom trabalho, em qualquer ramo profissional, é preciso estar atento às mudanças à nossa volta. Estudar, pesquisar e estar aberto a incluir as novidades na nossa rotina, são características que me definem. 

A expansão de parcerias e novos negócios durante a minha passagem pela Companhia é bem interessante. E parte do meu trabalho é olhar o mercado com atenção para entender as novas tendências e oportunidades mercadológicas e somar esses dois alicerces as necessidades e comportamento dos clientes, distribuidores e parceiros. Este é um tripé de sucesso. (Esse conjunto forma uma base sólida). Tem que funcionar e trazer ganhos para os 03 intervenientes. E nesse sentido, eu entendo que, as empresas que atuam no setor de seguros precisam otimizar os processos e mudar a forma como os produtos e soluções são oferecidas aos clientes que não são mais os mesmo de 10 ou 20 anos atrás. A palavra que caracteriza os segurados atualmente é o empoderamento. Eles não aceitam qualquer produto. Definem suas escolhas a partir de suas necessidades, comodidades, facilidades e referências. 

É preciso mesmo caminhar lado a lado com esse novo mercado globalizado, de segurados cada vez mais exigentes, conectados e atentos às novas oportunidades e tendências na indústria de Seguros. Aliás, eu aposto na tecnologia e cada vez mais estratégicas serão as plataformas quando o assunto é a expansão do setor de seguros. 

Se por um lado a tecnologia e as planilhas ocupam boa parte do meu dia a dia, a outra metade do sucesso sei onde encontrar: no capital humano. Acho importante implementar as melhores práticas. Elas ajudam a aperfeiçoar a jornada, melhorar o nível de experiência, do relacionamento interpessoal e da comunicação, tudo sempre regado com muita hospitalidade e respeito, bases de uma atuação humanizada. O capital humano é o meu diferencial competitivo. É com ele e por meio dele, que se fortalece a cultura da Companhia, o que inclui: as estratégias, táticas, execuções, clima. Como consequência, mas nem só por isso, consigo superar os resultados. Mas aí é que também entra o planejamento. Dimensionar e traçar metas é um princípio básico para se ter sucesso e apresentar resultados positivos. Tanto para o segurado, equipe como para o acionista.  

Persigo uma liderança que tenha como princípio a admiração, respeito, empatia e que seja inspiradora para a nova geração de executivos. 

Outro ponto crucial é ser apaixonado pelo o que se faz. 

Por isso, vejo o meu trabalho no setor mais do que um negócio. É um propósito de vida já que o seguro possui um caráter estritamente inclusivo, acolhedor e social. A preocupação com o bem estar do próximo foram aptidões herdadas da minha mãe, enfermeira de profissão e que sabia como ninguém cuidar do que é valioso para as pessoas, ou seja, sua principal preocupação era cuidar da saúde e bem-estar das pessoas. 

Dentro dessa métrica, considero que a minha trajetória pode contribuir positivamente para as companhias que busquem otimizar e profissionalizar a gestão. Com alta capacidade e experiência para gerir revezes do mercado. A partir de mudanças estratégicas, táticas e comportamentais e sempre atento às melhores práticas de governanças e liderança.

É também um dos motivos pelo qual, a partir de agora, estou buscando novos desafios. Meu próximo passo quero que seja no sentido de continuar contribuindo com os projetos onde eu possa conciliar necessidade da empresa e a minha experiência desses 30 anos no mercado, para fomentar e incentivar o setor de seguros. 

Acredito nas relações e parcerias duradouras, portanto, a melhor maneira de estar por tanto tempo em uma grande organização é a busca constante de aprendizado, autoavaliação, implantando ações simples porém, eficazes.

Antever as mudanças e se preparar com muita simplicidade para elas é um bom caminho a ser percorrido. 

Também faz parte das minhas tarefas profissionais ser voz ativa na organização, o que, às vezes, exige a tomada de decisões impopulares, mas fundamentais para a organização. 

Ser flexível, uma boa dose de resiliência e versatilidade, além de muita inteligência emocional para lidar com pressões e crises diversas.

São essas características que me trouxeram uma ampla experiência corporativa, empresarial e me ajudaram a lapidar as habilidades sociais dentro de um cenário corporativo. Seja na elaboração de estratégias em diferentes cenários, canais e mercados.

E vou além: acho fundamental criar um ambiente de trabalho inovador e isso só é possível com uma boa gestão de pessoas porque, é preciso considerar os diferentes perfis dos colaboradores.

Essa é a única forma de construir e transformar o futuro de uma companhia, fortalecer os distribuidores, os parceiros, corretores, equipes. A consequência desse conjunto é a ampliação da base de clientes, abertura de novos negócios e oportunidade, e, o principal, melhorar a experiência dos clientes, usuários e consequentemente, os resultados positivos e sustentáveis para os acionistas. 

Penso que a minha experiência e visão podem contribuir com a adequação e criação de modelos de negócios resilientes e agregando valor à marca e na operação das Companhias.

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