O mercado global de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) bateu recorde de crescimento histórico em 2021, e o Brasil, alinhado a essa tendência, registrou o maior número de operações realizadas dos últimos dez anos, segundo dados da Bain & Company. A Hand, empresa focada em operações de fusões e aquisições, acredita que esse crescimento acontece por dois motivos centrais: o aumento das empresas brasileiras no mercado de capitais e o sucesso da indústria de private equity (PE) e venture capital (VC) no país.
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) estima que as empresas brasileiras conquistaram, em 2021, R$ 596 bilhões no segmento de capitais, e somente os fundos de investimento compradores de empresas (PE/VC) somaram aportes de R$ 53 bilhões nesse mesmo ano, com um crescimento de 128% quando comparado ao ano de 2020, conforme apontam dados da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) e da KPMG.
“A busca pelas empresas em aumentar a sua competitividade, aliada a essa janela de oportunidade no acesso ao capital, intensificou o número de operações de fusões e aquisições”, afirma José Venâncio, sócio da Hand.
Em relação ao setor de seguros no Brasil, a Hand realizou um estudo aprofundado e verificou que, entre fundos de investimentos e grandes empresas, existem mais de 500 investidores em 41 países interessados em avaliar uma potencial oferta de aquisição. O conselheiro da Hand no segmento de seguros, saúde e previdência, e ex-diretor da SulAmérica, Zeca Vieira, destaca: “O Brasil é o 14º maior mercado do mundo, com faturamento de R$ 306 bilhões em 2021. Em razão da baixa penetração dos produtos de seguros, ainda temos um alto potencial de crescimento. Para se ter uma ideia, o país ocupa a 52ª posição mundial em densidade de seguros (gasto com seguros per capita).”
Sobre o futuro do setor, Vieira também ressalta: “Observaremos uma consolidação ainda maior entre as corretoras ao longo dos próximos anos, uma vez que o mercado ainda é muito fragmentado, trata-se de 54 mil corretoras ativas, e a economia de escala faz todo o sentido nesse cenário”. O estudo analisou ainda uma série de 80 operações de compra e venda de empresas no setor de seguros, ocorridas entre 2015 e 2021, em que 50% dos alvos adquiridos eram corretoras. Também observou que as empresas investidas por fundos ou listadas na bolsa ganham um protagonismo adicional no cenário de compra e venda de empresas, sendo hoje 30% do total dos compradores.
Segundo Venâncio, poucos países possuem um mercado interno robusto como o Brasil, repleto de oportunidades e em diversos setores. O segmento de seguros é um dos que mais chamam a atenção para este ano. Por isso, a Hand mapeou mais de 200 corretoras que possuem perfis para serem adquiridas ou receberem um investimento.
Por fim, Vieira ressalta a importância desse trabalho na vida do corretor. “O que mais me atraiu nessa proposta da Hand é a possibilidade de oferecer ao corretor de seguros, que lutou a vida inteira para construir um negócio de sucesso, um prêmio pelo seu esforço. Muitas vezes, esse corretor se vê numa fase da vida onde quer desfrutar melhor de tudo que construiu, ou não tem mais energia para tocar seu negócio. Outras vezes, não conta com um processo de sucessão definido. Ou, ainda, precisa de um novo sócio para injetar capital, conhecimento e tecnologia para enfrentar a nova realidade digital. Nada melhor do que vender sua empresa, ou parte dela, para que seu sonho continue a ser uma fonte de riqueza, a gerar novos empregos e proporcionar a recompensa por uma vida de dedicação”.
N.F.
Revista Apólice