EXCLUSIVO – Recentemente na cidade de Haverford (Pensilvânia, EUA) um carro elétrico da Tesla, modelo S Plaid 2021, comprado por cerca de R$ 650 mil, pegou fogo com o dono dentro três dias após ser entregue. O motorista afirmou não ter conseguido escapar do carro em chamas porque o sistema eletrônico da porta falhou, então teve que “usar a força para empurrá-lo”. Segundo o depoimento dele para as autoridades locais, ele só percebeu que algo estava errado depois de ver a fumaça saindo de trás do veículo.
Sendo assim, é importante contar com uma proteção voltada para esse tipo de automóvel. Entre as várias possibilidades de coberturas que o seguro oferece estão a de roubo e furto, incêndio, danos a terceiros, assistência 24 horas, danos causados pela natureza e muito mais. “O seguro de automóvel é muito importante para a proteção do nosso patrimônio, independentemente se estamos falando de veículos com motores à combustão, híbridos ou elétricos. No caso dos veículos elétricos, por se tratarem de carros de elevado valor atualmente, é fundamental contar com a proteção de um seguro”, afirma Manes Erlichman, sócio-diretor da Minuto Seguros.
Segundo Jaime Soares, diretor do Porto Seguro Auto, apesar de não haver diferenças nas apólices, a seguradora oferece uma série de serviços exclusivos para esse tipo de veículo, entre eles carregadores nos Centros Automotivos da companhia, guincho elétrico, carros elétricos (Twisy) para atendimento rápido e ágil, pickup de recarga móvel para veículos elétricos/híbridos, além de bicicletas elétricas distribuídas no estado de São Paulo, em Curitiba e no Rio de Janeiro. “No caso do acidente que ocorreu nos Estados Unidos, por se tratar de um veículo com alta tecnologia embarcada a fabricante irá identificar o problema que levou ao incidente. A seguradora tem papel importante de proteger o bem segurado, dando total suporte ao cliente”.
Sobre a sinistralidade do produto, Erlichman acredita que apesar da “massa” de veículos elétricos não ser grande, em função de já terem diversos modelos híbridos (motor à combustão + motor elétrico) no mercado, as principais seguradoras que atuam no segmento já conseguem avaliar e discriminar o risco para veículos híbridos e os 100% elétricos. “O risco destes veículos (híbridos e 100% elétricos) é menor que o risco geral da carteira. Como por enquanto só temos veículos elétricos no segmento ‘premium’, o menor risco tem relação direta com o perfil dos atuais segurados. Ou seja, à medida que os veículos elétricos forem se popularizando e aumentando a sua penetração no mercado, o risco poderá se modificar”.
O executivo diz que além dos benefícios ambientais, a tecnologia embarcada nesses veículos possibilita uma maior segurança aos condutores, reduzindo riscos de colisão ou minimizando seus impactos. “Com certeza teremos cada dia mais veículos elétricos circulando nas grandes cidades, inclusive já temos algumas montadoras que já decidiram pela interrupção da fabricação de veículos movidos somente à combustão. Porém, como foi dito anteriormente, a popularização do segmento ainda depende da redução do custo de produção das baterias. O desenvolvimento dos veículos elétricos acompanha uma outra frente, que é o contínuo aumento da tecnologia embarcada nos carros, contemplando diversos dispositivos de segurança para redução de acidentes. Portanto, o mercado segurador será beneficiado com a redução da sinistralidade e os consumidores serão beneficiados ao pagarem menos pelos seus seguros”.