Ultima atualização 28 de junho

Como fica meu plano de previdência se não posso contribuir?

Para esclarecer as dúvidas dos beneficiários da previdência privada, a Revista Apólice conversou com alguns especialistas do setor sobre este assunto

EXCLUSIVO – A previdência privada é uma ótima alternativa para complementar a renda de um funcionário ativo que se aposentou pelo INSS ou de um cidadão que planeja investir no futuro. Atualmente dois terços dos aposentados pela Previdência Social recebem um salário mínimo, que é de aproximadamente R$ 1.100,00. Ao adquirir um plano, esse horizonte é ampliado e permite que a pessoa tenha uma vida confortável e mantenha seu padrão de vida.

Por conta da crise ocasionada pela pandemia, o índice de desemprego em abril de 2021 chegou a 14,4%, contra 11,6% no mesmo período do ano passado, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com muitos brasileiros perdendo o emprego, há dúvidas sobre o que acontece caso o beneficiário pare de contribuir com o plano durante um tempo. Para esclarecer essas perguntas, a Revista Apólice conversou com alguns especialistas do setor sobre o assunto:

Como fica o fundo quando a pessoa para de contribuir? É possível resgatá-lo?

Segundo Fabiano Lima, que é Diretor de Vida, Previdência e Capitalização da Zurich no Brasil, não há nenhum prejuízo ou penalidade quando os participantes param de fazer os aportes; pelo contrário: os recursos por eles aportados continuam aplicados no fundo de investimento cujos resultados são integralmente repassados aos participantes. Em 2021 a empresa registrou um aumento de 52% nas contratações de planos.

“É possível resgatar os recursos sempre que eles quiserem, parcial ou totalmente, quando estiverem na fase de contribuição dos recursos. Um ponto a ser observado é: o quanto antes eles fizerem os resgates, a contar da data do primeiro aporte, maior poderá ser a incidência de IR, que varia de acordo com a opção tributária do participante no momento da contratação do plano, que poderá ser pela tabela progressiva ou regressiva”, afirma o executivo.

Caso o consumidor deseje, é melhor ele retomar as contribuições ou adquirir outro plano?

De acordo com Marcelo Rosseti, superintendente da Bradesco Vida e Previdência, mesmo que surjam imprevistos que impeçam a contribuição por um período, não há penalidades, o retorno pode ser no antigo plano ou mesmo através da contratação de um novo, caso o desejo seja por diversificar seus investimentos através de um fundo com uma estratégia diferenciada de alocação desses investimentos.

“Na Previdência Privada, através do instituto da portabilidade, o participante pode alterar sua estratégia de investimento a qualquer momento, sem ter que solicitar o resgate de sua reserva, o que evita a incidência de tributação”, diz Rosseti.

Como as companhias podem ajudar os consumidores neste momento?

Victor Bernardes, diretor de Vida e Previdência da SulAmérica, afirma que existem iniciativas e novidades que visam a preservar a saúde financeira dos beneficiários, aliando tecnologia e cuidado. O executivo cita como exemplo o SOS Prev, uma assistência financeira oferecida pela companhia com melhores condições de crédito para quem investe em Previdência. O produto conta com uma linha de crédito para os participantes dos planos PGBL e VGBL elegíveis à contratação de empréstimo. O valor máximo para contratação é de até 50% do valor da reserva.

“O objetivo da assistência é apoiar nossos clientes em momentos de emergência pontual, preservando suas reservas. É mais uma forma de cuidar da saúde financeira das pessoas e que visa garantir o futuro. Além disso, Os clientes dos produtos individuais de previdência também contam com o Médico na Tela. Este serviço oferece médicos especialistas que prestam atendimento imediato e a distância em casos emergenciais, de forma rápida, prática e segura. A previdência privada não tem teto de aposentadoria e permite vantagens como garantia de qualidade de vida, proteção para a família e obtenção de benefícios tributários”, ressaltou Bernardes.

A seguradora encerrou março de 2021 com R$9,6 bilhões nas reservas de previdência, um aumento de 21,8% na comparação com o primeiro trimestre de 2020, principalmente em função de um saldo positivo de portabilidade líquida no período. As receitas operacionais do segmento, seguindo também a tendência dos últimos trimestres, registraram crescimento de 4,7%, somando R$215,3 milhões no primeiro trimestre de 2021, com destaque para maiores receitas no produto VGBL (+11,1%), compensando a redução observada nos produtos PGBL e tradicional.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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