EXCLUSIVO – A taxa de desemprego do Brasil fechou 2020 em 14,3%, enquanto no ano anterior foi de 11,2%. Isso significa um crescimento de 1,7 milhão de desempregados, totalizando 14,1 milhões de pessoas.
Para diminuir os impactos da pandemia e ajudar de alguma forma essas pessoas, mais especificamente o público feminino, a health tech Clude lançou o Projeto Clude Mulheres. A iniciativa visa cadastrar, treinar e remunerar 1.000 mulheres para se tornarem distribuidoras através da empresa, proporcionando maior igualdade entre gêneros no mercado.
O desemprego entre elas chega a 17%. No ápice da pandemia, entre março e setembro, o número de mulheres que perdeu o trabalho foi 65,5% do total, enquanto o de homens foi de 34,5%. Segundo dados da Rede Mulheres Empreendedoras, o empreendedorismo feminino cresceu cerca de 40% em 2020. Só na faixa etária de 22 a 35 anos, o crescimento foi de 54%.
De acordo com o idealizador e presidente da companhia, Marcio Montovani, o empreendedorismo pode transformar a vida das pessoas, trazendo uma maior independência financeira e dando oportunidade para que novos negócios surjam, beneficiando a sociedade e a economia local. “Nosso sonho tem mais a ver com que permitir com que essas mulheres se desenvolvam como empreendedoras, mas que no futuro possam se tornar corretoras de seguros e abrir suas próprias empresas”.
Não é a primeira vez que o executivo é responsável por realizar esse tipo de ação. Quando era presidente da Barela Seguros, formou centenas de empreendedores. Muitos deles, hoje, empresários que atuam no mercado de planos de saúde. A empresa foi vendida pra um grupo de investimentos inglês e se tornou a Barela It’s Seg.
A previsão é de que sejam feitos cerca de 100 cadastros mensais, que poderão ser acelerados de acordo com o sucesso do programa. As mulheres cadastradas receberão treinamentos exclusivos de empreendedorismo e vendas ministrados pelas especialistas do Clude, em sua absoluta maioria, mulheres com anos de experiência no mercado de saúde, e já poderão começar a distribuir o plano da empresa.
As selecionadas receberão uma ajuda de custo diária que, ao final do mês, somará um valor maior do que um salário mínimo. Este valor é inicial e vale enquanto a vendas não atingirem o piso estabelecido. A preferência é para mulheres acima de 30 anos, por conta das dificuldades de reposicionamento no mercado de trabalho.
As interessadas em se inscrever devem enviar um e-mail para a gerente de RH da empresa, Maria Claudia, encaminhando seu contato e currículo para maria.claudia@clude.com.br. Experiência em vendas não é necessária, mas é encarada como diferencial.
Segundo Montovani, cada vez mais empresas irão realizar ações como essa, trazendo um olhar mais feminino para o setor e auxiliando no desenvolvimento de novos produtos. “Tenho certeza de que iremos inspirar muitas pessoas e fazer com que a população tenha fácil acesso a um plano de saúde. Em um momento como este que estamos vivendo, onde o nosso olhar foi despertado para a necessidade de proteção, contar com um serviço de qualidade é fundamental”.
Nicole Fraga
Revista Apólice
* com informações da assessoria de imprensa