Ultima atualização 01 de dezembro

powered By

Chubb vence processo de R$ 1 bilhão contra mineradora Anglo American

Por três votos a zero, o Tribunal Regional do Rio de Janeiro (TJRJ) manteve a decisão de que a seguradora não deve pagar indenização à empresa

EXCLUSIVO – A disputa judicial entre Chubb e Anglo American finalmente teve um desfecho. Por três votos a zero, o Tribunal Regional do Rio de Janeiro (TJRJ) manteve a decisão de que a seguradora não deve pagar indenização à empresa. Após anos de processo, o caso é um dos maiores do mercado de seguros e a indenização poderia ultrapassar o valor de R$ 1 bilhão considerando os valores corrigidos.

Em março de 2013 ocorreu o rompimento de parte do Porto de Santana, no Amapá, uma área de 16 mil metros quadrados à beira do Rio Amazonas. Além dos prejuízos ambientais e econômicos, o desmoronamento acabou ocasionando a morte de seis pessoas.

Segundo Fábio Torres, advogado que representou a Chubb no processo, os desembargadores consideraram a cláusula de exclusão por deslizamento aplicável e falaram claramente que a condição já fazia parte das apólices consecutivamente renovadas. “Foi comprovado por peritos e professores universitários especialistas no assunto que houve negligência grave e o agravamento intencional de risco por parte da mineradora, com objetivo de auferir mais lucros, e ainda reafirmaram que houve violação de normas técnicas, sendo mais uma exclusão da apólice aplicável a situação”.

Na época do rompimento a Itaú Seguros entrou com uma ação declaratória negativa, pedindo que a Justiça respaldasse sua decisão de não pagar indenização, enquanto a Anglo iniciou processo exigindo o pagamento. Um ano depois a companhia vendeu a carteira de Grandes Riscos para a seguradora Ace (atual Chubb Seguros),

De acordo com Torres, um programa de gerenciamento de risco poderia ter evitado que o terreno cedesse. Além disso, o advogado afirma que o processo deverá servir de exemplo para o mercado segurador, que certamente irá buscar evoluir para que esteja cada vez mais claro os riscos excluídos no contrato da apólice. “Quando nós falamos de grandes riscos, o que vale não é o direito do consumidor e sim a cláusula contratual”.

Na sua decisão, o desembargador Fernando Fernandes descartou a possibilidade de fenômeno natural, pois não foram apresentados todos os documentos e registros solicitados à mineradora.

Procurada pela Revista Apólice, a assessoria de imprensa da Chubb afirmou que a seguradora não iria comentar o caso.

Nicole Fraga
Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

AdBlock Detectado!

Detectamos que você está usando extensões para bloquear anúncios. Por favor, nos apoie desabilitando esses bloqueadores de anúncios.

Powered By
Best Wordpress Adblock Detecting Plugin | CHP Adblock