Até 85% dos problemas de saúde de trabalhadores podem ser evitados ou resolvidos dentro do ambulatório da própria empresa. Os dados são da ANS, que mostram a importância da adoção de programas de atenção primária.
Estes programas incentivam o atendimento médico generalista, e funcionam como um gatekeeper (porta de entrada), que pode ser uma alternativa viável ao modelo de gestão de saúde adotado atualmente pela maioria das empresas no Brasil.
“Com um índice de resolução significativo como este, o impacto na utilização racional de procedimentos como exames de alta complexidade oferecidos pelos planos de saúde tende a diminuir severamente”, afirma o médico Alexandre Berger, CEO do Imtep.
Ele explica que, muitas vezes, o médico especialista direciona apenas para o diagnóstico e cura do problema pontual, desconsiderando fatores investigativos que possam ter levado o paciente a esse estado. Uma alternativa para resolver essas questões é aplicar o conceito de “Medicina de Família e Comunidade”, com um atendimento que possa acompanhar e atender o paciente como um todo, de forma holística e integral.
Além de um impacto na qualidade de vida e na produtividade dos colaboradores, a medida tem uma repercussão econômica significativa para as empresas. É que o uso de procedimentos de alto custo repercute diretamente na chamada sinistralidade do plano, que é diretamente ligada ao índice de reajuste.
Levantamentos da OMS mostram também que as empresas que possuem programas internos de gestão de saúde reduzem em até 30% as despesas com os tratamentos médicos e absenteísmo. A prática tem dado certo em empresas de grande porte. Aplicar em programas de prevenção e em unidades ambulatoriais têm sido uma das alternativas da montadora de automóveis Renault para reduzir custos e a sinistralidade dos planos de saúde.
De acordo com Paulo Zétola, médico e gerente geral de saúde e segurança do trabalho da América Latina Grupo Renault, no caso da montadora, a alternativa ideal foi buscar uma parceria com a Imtep na implantação, na gestão do ambulatório e nas ações preventivas de saúde.
“Percebemos que, para oferecer aos nossos colaboradores uma unidade preparada para atender diversas intercorrências, precisaríamos contar com a parceria de uma empresa com a expertise comprovada no gerenciamento de centros de alta complexidade. Este é um esforço que conta com o empenho do departamento de Recursos Humanos, Financeiro e de Saúde”, afirma. A empresa tem atualmente um centro ambulatorial equipado para realizar desde um procedimento rotineiro até uma sala de emergência totalmente aparelhada para atendimentos de evento graves, como casos de infarto do miocárdio, queimaduras e fraturas expostas por ocasião de acidente de trabalho.
Ao todo, o centro ambulatorial conta com 15 médicos, sendo um ortopedista e um pneumologista contratados diretamente pela empresa, e 10 médicos generalistas e três de medicina do trabalho contratados pelo Imtep. O ambulatório realiza cerca de 4.500 atendimentos/mês. “Atuando há 25 anos no mercado corporativo com gestão de saúde, nossa expertise disponibiliza uma eficiente metodologia neste segmento, cujos resultados asseguram economia e aumento de produtividade nas empresas”, afirma Aline Pasiani, médica responsável pela metodologia científica do projeto.