A FenSeg promoveu o seminário “Seguro de Lucros Cessantes: um velho conhecido não tão conhecido assim”. O evento aconteceu no auditório da Escola Nacional de Seguros, em São Paulo, e reuniu diversos perfis de profissionais do mercado interessados em conhecer mais sobre o que é e como funciona esta modalidade de seguro.
Na abertura do seminário, o diretor da FenSeg, Julio Rosa, falou sobre o desafio dos profissionais de entenderem o seguro de lucros cessantes (LC) e a questão dos riscos diferenciados em cada caso de apólice. “Eventos como esse destacam a necessidade de investirmos em conhecimento técnico para estarmos sempre em sintonia com todos os procedimentos do mercado”.
Com conteúdo direcionado a funcionários de seguradoras como gerentes, técnicos, assistentes e subscritores, além de analistas, reguladores de sinistros, corretores de seguros e resseguradores, o evento é uma iniciativa da Comissão de Riscos Patrimoniais e Grandes Riscos da FenSeg (CRP). Para dar mais dinâmica ao evento, a vice presidente da Comissão, Thisiane Martins, abriu um espaço para envio de perguntas em tempo real, via internet. “É importante incentivar a troca de informações e experiências”, salientou.
Foram dois painéis ministrados pelo membro da Comissão de Riscos Patrimoniais e Grandes Riscos da FenSeg e gerente de Riscos do Grupo BB Mapfre, Nelson Vieira de Souza. Em termos gerais, ele apresentou questões como as formas de contratação do seguro de lucros cessantes, a rentabilidade das apólices, a regulação de sinistros e cálculos de indenizações. “Deve-se observar a perda financeira da empresa. Muitas vezes, quem contrata seguros fica focado apenas no dano material. O lucro cessante avalia questões que vão além, como o ciclo do produto, despesas que continuam a existir mesmo após a ocorrência do sinistro como salários de funcionários, etc. Aliás, o sinistro deve sempre ser encarado como uma possibilidade e uma realidade”, explicou para o público.
A contratação deste tipo de apólice constitui o ponto de sustentação do sistema empresarial. Permite a continuidade da vida lucrativa da empresa após sinistro, escorando-a financeiramente e desempenhando um importante papel social com relação às pessoas físicas ou jurídicas interessadas (sócios, acionistas, empregados, bancos etc).
Após os painéis, houve um momento dedicado a profissionais de mercado para que eles debatessem experiências e perspectivas de mercado. Além dos membros da CRP FenSeg, participaram dos debates Alexandre Jardim, corretor de seguros especialista da AON; José Carlos Lacerda, diretor do IRB Brasil Re; Viviane Schmidt, especialista em LC e Alop da MDD Brasil Consultoria.
Todos concordaram que o seguro LC é um mecanismo de proteção das empresas em diversos níveis, inclusive de seu capital intelectual. Para eles, a preocupação dos clientes com este tipo de apólice tende a crescer conforme houver a difusão de informação e a customização das apólices, de como cada uma delas é redigida de acordo com o perfil do segurado, o tamanho do negócio e a análise de seus riscos de forma individualizada.