Ultima atualização 08 de outubro

O seguro da saúde e da proteção financeira

Apesar da baixa penetração dos seguros no Brasil, brasileiros os vêem como a única saída para situações de alto risco

Fenacor 50 anos – O analista financeiro Carlos Henrique mora em Santo André (SP) e trabalha na capital. No trajeto diário passa pela rodovia Anchieta, onde a velocidade máxima permitida para automóveis é 110 km/h. Em um desses deslocamentos se envolveu num acidente de carro. Carlos saiu ileso, porém, ao receber o orçamento para conserto do outro veículo, ficou pasmo: R$ 40 mil. Concluiu que nem mesmo vendendo o seu carro teria essa quantia.

Severino Junior Ferreira

A professora Maria Cecília tem cerca de 50 anos. Ela trabalha desde jovem. Economizando muito, conseguiu comprar uma casa e juntar uma quantia na poupança. Mas, recentemente, descobriu que está com câncer, e que as economias de toda sua vida não seriam suficientes para bancar sequer três meses de exames, medicamentos e internação em um bom hospital particular.

Antônio é um empreendedor. Com apenas 25 anos montou uma pequena fábrica de confecções, que vende em loja física e por meio da internet. O negócio se expandia, mas foi interrompido por um incêndio que atingiu a manufatura. Além de não poder entregar os pedidos ficou também sem máquinas para produzir, e com oito funcionários sem tarefa. E com parcelas de empréstimos vencendo nos próximos dias.

Os três casos acima geraram muito transtorno nos envolvidos, além de um drama pessoal e familiar. Contudo, os resultados desses acontecimentos seriam piores se todos eles não tivessem seguro. Protegidos por apólices que davam cobertura aos respectivos acontecimentos, todos receberam suporte das seguradoras para o pagamento de suas necessidades.

Apesar disso, infelizmente, poucos brasileiros têm esse mesmo suporte, pois o seguro ainda não é um hábito em nosso País. Coincidentemente, essa também era a situação dos três personagens desta história. Por motivos diferentes eles acabaram contratando-o depois da participação de um corretor ou corretora.

Consultoria fundamental

Maria Cecília, por exemplo, sempre achou que como tinha vida saudável,estava imune às doenças graves. Mas, em um bate papo na ginástica, após saber do acidente com uma amiga, apressou-se para contratar o primeiro seguro que cobrisse assistência médica e hospitalar. Fechou contrato na manhã seguinte, por telefone e sem muita conversa. Posteriormente, ao tentar fazer alguns exames, percebeu que não tinha a cobertura para as suas necessidades. Assim, cancelou e passou a falar mal do seguro.
Foi então que a secretária da academia lhe disse que havia uma corretora na turma de ginástica. Depois de muita orientação, quando a profissional Talita lhe explicou detalhes sobre o que é, para que serve e os tipos de seguro, Maria Cecília contratou aquele que anos depois seria fundamental para o seu tratamento. Atualmente ela se recupera bem.

A trajetória do empreendedor Antônio para chegar ao seguro também passou pela consultoria de um corretor. Após a fábrica operar alguns meses sem cobertura, ele desejou se proteger.
Precavido e minucioso, sabia que não podia errar. Então escolheu a via institucional, ou seja, foi pesquisar na Fenacor – entidade que abriga as corretoras de seguro e luta pelos direitos dos corretores -, onde leu sobre o glossário do seguro, a legislação e outras informações.

Ao se aprofundar nas pesquisas, ele ficou sabendo que havia seguro para tudo, inclusive um que cobria as despesas enquanto a empresa estivesse paralisada em decorrência de um sinistro abrangido pela apólice.

Por tudo o que aprendeu, sentiu que no momento do sinistro poderia contar com o respaldo de um profissional se contratasse o seguro com um corretor legalizado.  Dito e feito. Antônio contratou as coberturas mais amplas possíveis, incluindo a de lucro cessantes. Segundo ele mesmo, quando sua empresa foi vítima do incêndio, os danos foram substancialmente minimizados pelo ressarcimento dos prejuízos financeiros, o que lhe permitiu manter os funcionários e retomar os negócios em curtíssimo prazo.

Quanto ao analista Carlos Henrique, a justificativa para não ter seguro era a falta de dinheiro. O seu trabalho na capital paulista era o primeiro após a formatura, e ele alegava que o seu salário era insuficiente para pagar o prêmio. Foi “salvo” por um primo, que lhe deu o seguro no dia do seu aniversário. “Foi um dos presentes mais importantes que ganhei na vida”, reconhece ele.

Esse seu parente, aliás, é corretor. Reconhecendo sua dificuldade, contratou e pagou integralmente o valor. O investimento de Carlos Henrique ocorreu na renovação, um ano depois, quando o seu salário já estava mais elevado. “Foi muita sorte”, diz. O acidente ocorreu antes da segunda renovação. A seguradora pagou o conserto dos dois carros, evitando que Carlos Henrique vendesse o seu veículo e ainda fizesse empréstimo para pagar os danos de um sinistro no qual foi considerado culpado.

Opiniões

Após os sustos, os três fazem uma avaliação positiva do seguro. Mas, com base na própria experiência, Maria Cecília ressalta que o corretor é o diferencial para alguém fazer o seguro ideal. “Como leigos, não conhecemos tudo do setor. Para mim, a consultoria do corretor foi o diferencial que me permitiu ter as coberturas e a rede adequada”.

Na mesma linha de raciocínio, o consultor financeiro Carlos Henrique esclarece que seguro não é um investimento. “Seguro não existe para proporcionar lucro, mas, para reparar perdas. Como regra geral você paga um prêmio para ter a tranquilidade de saber que o seu patrimônio está protegido”.

Já o empreendedor Antônio não fica um dia sequer sem cobertura de seguro, seja para seu patrimônio ou para a saúde. No seu entender, o bom mesmo é nunca fazer uso, pois a utilização indica a ocorrência de um problema. Contudo, “é muito bom saber que, se você precisar, ele existe. Isso dá uma segurança”, finaliza.

Sobre o autor

Severino Junior Ferreira, sócio da Global Care Seguros

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