Apesar da perda de quase 400 mil beneficiários de planos de assistência médica em 2017 (-0,8%), o setor de saúde suplementar contabilizou 1,32 bilhão de procedimentos no ano passado – o equivalente a 3,6 milhões por dia –, entre consultas médicas, exames, terapias, outros atendimentos ambulatoriais e internações e eventos odontológicos. O número representa um aumento de 3,2% em relação à produção assistencial médica registrada em 2016 – 1,29 bilhão de procedimentos efetuados. Por sua vez, a quantidade de procedimentos assistenciais per capita aumentou em torno de 4,8% no período.
“Mesmo com a perda de beneficiários de planos médicos nos últimos anos, constata-se o crescimento do número de procedimentos realizados pela Saúde Suplementar, de um modo geral. Ao analisar esses dados, podemos indagar se não há desperdícios no sistema. O Brasil é um dos países campeões em exames realizados de ressonância magnética e tomografia computadorizada, passando de 149, em 2016, para 162 por mil beneficiários no ano passado; e de 149 para 157, respectivamente”, explica Solange Beatriz Palheiro Mendes, presidente da FenaSaúde.
Com exceção do item consultas, que registrou pequena redução, os demais assinalaram crescimento do número de procedimentos realizados: 11,2% de aumento nos atendimentos ambulatoriais e 10,3%, em terapias. As internações por mil beneficiários passaram de 170 para 180 entre 2016 e 2017, tendo apresentado um aumento de 6% no período.