Os dados de fevereiro demonstram que o primeiro semestre de 2018 não será fácil para o setor que protege bens e pessoas. O desempenho global calculado em série de 12 meses móveis, sem DPVAT, veio desacelerando de 4,6% em dezembro de 2017, para 2,3% em janeiro último, e para 1,7% em fevereiro. É o que afirma Marcio Coriolano, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), no editorial da última Carta do Seguro divulgada pela entidade. Segundo ele, a avaliação do comportamento setorial deve segregar as várias linhas de negócios.
Conforme já verificado no último trimestre de 2017, o segmento de pessoas (63,9% da arrecadação total) sofre o impacto do ambiente de inflação e juros que afetou o VGBL. O segmento como um todo ficou estável em 12 meses móveis, embora influenciado por este último produto, de vez que os planos de risco tenham evoluído notáveis 11,2%.
No segmento de patrimônio, ele declara que as taxas dos produtos continuam robustas, embora as de alguns apresentem desaceleração. “O ramo de automóveis evolui fortemente, com 8,2% em 12 meses até fevereiro, contra 7,2% na comparação até janeiro. O ramo de crédito e garantias, habitacional e rural ainda mostram fôlego, com 16,5%, 9,8% e 6,5%, respectivamente. Esse último perde um pouco a alavanca que teve em 2017, tendo permanecido estável nos mais recentes meses”, pontua.
Ele acrescenta ainda que “as empresas seguradoras continuam com gestão conservadora
de tarifas e despesas”. Nos dois primeiros meses de 2018, perante igual período do ano anterior, a sinistralidade do ramo de patrimônios caiu 2,42 pontos percentuais, ao mesmo tempo que o recuo no ramo de pessoas foi de quase um ponto percentual. As despesas de comercialização como proporção da arrecadação total cresceram um ponto percentual.
Veja aqui a íntegra da última edição da Carta do Seguro, da CNseg.
L.S.
Revista Apólice