Os danos causados pelos incêndios florestais ocorridos em Portugal em outubro – que destruíram casas, prédios comerciais, industriais, estradas e provocaram ao menos 45 mortes – constituem o maior sinistro da história do mercado segurador de Portugal. Até o fim do mês, mais de dois mil sinistros tinham sido comunicados às seguradoras, segundo a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), perfazendo o pagamento de mais de 200 milhões de euros em indenizações, segundo estimativas iniciais. As perdas seguradoras, contudo, devem ser ainda maiores, porque a APS prevê novos comunicados nas próximas semanas. Os trágicos incêndios dos dias 15 e 16 de outubro ocorreram nas regiões Centro e Norte do país.
Até agora, as seguradoras estão na fase de recolhimento de informações necessárias para a caracterização dos sinistros e anunciaram que planejam ser céleres no pagamento das indenizações às pessoas ou empresas, para que possam retomar a normalidade de suas vidas ou atividades empresariais.
Ao mesmo tempo, as seguradoras estruturam novos aportes ao Fundo de Solidariedade, a exemplo do ocorrido em julho, quando dos incêndios de Pedrógão Grande, para apoiar familiares de pessoas falecidas e feridas que não disponham de cobertura de seguros. Presidente da APS, José Galamba de Oliveira afirma que esta ação institucional busca contribuir para a mitigação dos efeitos das catástrofes e de seus impactos humanos e econômicos, dando apoio às populações que vierem a ser afetadas”.
Com isso, acrescenta ele, “o setor segurador manifesta desde já, neste contexto, a sua disponibilidade para ser parte dessas soluções no quadro daquele que é o objeto próprio da sua atividade”.
Fonte: CNseg