Ultima atualização 29 de novembro

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Chapecoense: após um ano, familiares não foram indenizados

Há um ano, o Brasil e o esporte mundial acordavam com a triste notícia da tragédia envolvendo o time da Chapecoense

Chapecoense lamia

Há um ano, o Brasil e o esporte mundial acordavam com a triste notícia da queda do avião da Chapecoense. O acidente, ocorrido na Colômbia, matou 71 pessoas  e teve 6 sobreviventes que sofreram sequelas físicas e psicológicas. Mesmo com toda a repercussão do caso, as famílias até hoje não foram indenizadas e nem mesmo conseguiram que os culpados pela tragédia fossem apontados.

Embora ainda não exista um laudo definitivo das causas do acidente, o Grupo de Investigações de Acidentes Aéreos da Colômbia divulgou um relatório preliminar apontando que os indícios levam à pane seca como causa.

Desdobramentos

A seguradora Bisa seria a responsável pelo pagamento, mas se recusa a pagar a indenização de cerca de R$ 80 milhões. As justificativas para a recusa são que a pane seca não estaria coberta pela apólice de seguros, que a LaMia – companhia aérea que fazia o vôo – não tinha autorização para voar na Colômbia, pois  o destino não estava coberto e ainda que a apólice não estaria em vigor por falta de pagamento.

Para a presidente da Associação dos Familiares e amigos das vítimas do vôo da Chapecoense, Fabiane Belle, o poder público brasileiro deveria ser mais participativo e auxiliar as famílias que procuram por algum tipo de reparação após a tragédia. As únicas indenizações pagas foram feitas às famílias dos jogadores, que tinham um seguro pelo clube e a CBF.

Os seguros

Durante o período transcorrido, muito se discutiu sobre a função do seguro e a importância de uma contratação adequada. Em março, advogados e familiares se encontraram com os representantes da Chapecoense; o clube deu a notícia de que a seguradora foi categórica ao afirmar que não teria obrigação em pagar o seguro por conta de infrações cometidas pela companhia aérea. Além da pane seca, que anularia o seguro, a Bisa ainda apontou outros fatores que descaracterizariam a necessidade do cumprimento docontrato. A alegação da companhia de seguros foi que haviam cláusulas que proibiam voos para Colômbia e Peru por conta das organizações criminosas Farc e Sendero Luminosa e que a apólice estava suspensa por falta de pagamento.

Ainda assim, a seguradora do caso alegou “questões humanas” para apresentar uma proposta não passível de negociação para que as famílias não ficassem desamparadas, os familiares receberiam um valor individual igualitário de R$ 620 mil. O acordo foi negado

Indenizações

Apesar de todos os motivos apresentados pela seguradora, em maio o governo boliviano considerou a apólice válida e que o valor de R$ 80 milhões deveria ser pago. Logo após essa decisão, a CNN afirmou que havia documentos enviado pela Bisa à LaMia notificando que a apólice que teria vigência entre abril de 2016 e abril de 2017 havia sido suspensa por falta de pagamento.  Após a contradição, o governo boliviano não se pronunciou.

A madrugada desta quarta-feira, 29, foi marcada por vigílias e homenagens às vítimas. Após um ano de luto, as famílias continuam firmes na decisão de achar os verdadeiros culpados e conseguir na justiça o direito a serem indenizadas.

Amanda Cruz
Revista Apólice

Com informações: UOL, CBN e CNN

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